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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Ecos do 15/11: O Positivismo (Ordem & Pogréissio)

Pedro Bruno, A Pátria, 1918


Ecos do 15/11: 
O Positivismo (Ordem & Pogréissio)

Como diria Zé, o historiador
Quem derrubou o rei em 1889 era: positivista
(O povo: bestializado!)
Nosso Exército, desde a Guerra do Paraguai é: positivista
O lema de nossa bandeira (Ordem & Pogréissio) é: positivista
Muito empresário, espírita, católico, crente, pai de família,
programa policial de TV é: positivista
A Brigada Militar, de Júlio de Castilhos até as bombas imorais
de efeito moral sobre as escolas Ocupadas
sobre os atos contra a PEC 241/55 é: positivista
Que diacho é esse de positivismo, ara?
(Nada a ver com energias positivas ou otimismo, camará!)
Tudo a ver com a crença numa evolução em
li________ nha _______ reta
dos povos do mundo
Das gentes, culturas, pessoas e instituições:
Pensamento rasteiro: Uns são mais evoluídos do que os outros!
Uns são superiores aos outros, definitivamente e em progressão aritmética...
(Mais fortes, mais inteligentes e mais espertos uns do que os outros?)
Sem Ordem não há Pogréissio                       
Sendo que são os mais fortes, inteligentes, ricos (e bonitos?) que
devem botar essa Ordem
na bagunça do dia a dia desses bagunceiros que são a maioria (aff!):
Com o Cifrão, o Coturno e a Cruz se organiza
os menos evoluídos, as bestas quadradas do Zé Povão
Augusto Comte, palestrante e escritor da França, por entre 1798 e 1857
Foi quem deu esse primeiro passo ao autoritarismo da Direita:
Pregando o racionalismo da sua ciência
com a qual desvendou as leis da evolução da sociedade
Fundou uma religião cívica na
recém nascida MODERNIDADE:
(novas ideias se batendo, máquinas & mais máquinas, o poder da grana);
Logo após a Revolução Francesa:
(síntese do parto do mundo moderno – urbano e industrial);
Ao embalo da burguesia capitalista e seus empreendimentos
no altar do deus dinheiro, da fada mercado.

A República positivista tem pouco a ver com Democracia.
Cada coisa no seu lugar, sem muita mistura, disseram
A mulher é a reserva moral, mas só a bela, recatada e do lar
(Ah! Clotilde)
A República positivista tem tudo a ver com a maioria das
grandes corporações empresariais,
com a maioria dos prefeitos e vereadores eleitos em 2016
com as forças policiais
Na Bruzundanga:
(Ainda que nem eles saibam das “energias” positivistas que emanam
E que tem pouco de positivo e muito de impositivo, isto sim).
(Prof. Linduarte Cantor procurando o mastro da bandeira da sua escola que ele perdeu quando usou pra estender as roupas lavadas das crianças descamisadas, 2016)

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Poemas de Luiz de Miranda na Bruzundanga

Albrecht Dürer, A Lebre, 1502

Hora nos borramos todos com o sumiço da poliça que não recebe seus salários de merda pra nos encher de porrada.
Adispois nos comovemos todos com os heróis atrás da medalha de ouro nos Jogos Ornitolímpicos de Bruzundanga.
 ...

Ah! Só me deixem aqui sozinho com meus poemas:

CANTIGA DO CAMINHO E O PASSAGEIRO
Luiz de Miranda – Livro do Passageiro (1986 a 1992)

Passageiro:
Todo o caminho é fio de estrada,
onde o exercício da lonjura
aprende do tempo a armadura
armam-se num só amor e amar.

Caminho:
Aqui dorme teu denso destino,
lições de pedra, pó e distância,
pátrias antigas e ruas da infância,
vozes que andam sempre sozinhas.

Passageiro:
Todo meu ser é pólen e arminho,
onde planto o dever interno,
desespero de noite e inverno,
internos prazeres de só viver.

Caminho:
Aqui mora tua doida travessia,
nuvens  tontas de outono,
tuas irmãs febris de abandono,
o que vive antes e depois do andar.

PELOS CAMINHOS, CAMINHO
Luiz de Miranda – Livro do Passageiro (1986 a 1992)

Pelos caminhos, caminho.
Só sei do pó nas narinas,
dentro dos quartos do corpo,
onde renascemos em nós.
Um pedaço de mim vai morto,
numa balsa de lenha do rio Uruguai.
Outras partes se dividem em dor,
perto do amor, ah, perto do amor,
e não chega com a estrela
tão pálida e louca, a manhã,
necessária ternura de lã.

Sob o céu roxo da paixão,
somos aquém dos caminhos
e nos perdemos nos desvãos,
rasos e públicos da solidão.

ALUMIA-SE
Luiz de Miranda – Livro do Passageiro (1986 a 1992)

Alumia-se o longe
com a lanterna dos caminhos.
Nada retorna,
tudo se esvai,
no linho da manhã.

O HOMEM TRABALHA O SEU DESTINO
Luiz de Miranda – Livro do Passageiro (1986 a 1992)

O homem trabalha o seu destino
no sublime da alma.
Fica, depois, sua marca:
um filho, uma palavra,
um quadro na parede.
Difícil é sabermos do destino.
Que punhal azul sopra nos ventos?
Que pandorga sobrevoa nossa casa?
Os amigos mortos espiam por nós
e se inscrevem na eternidade da morte.

O MUNDO É PEQUENO
Luiz de Miranda – Livro do Passageiro (1986 a 1992)

O mundo é pequeno,
não vai além de nossa casa.
A estrada e o aramado
vizinham mas não se amam.
O silêncio morre
neste tapete de ausências
onde procuro o sono e a manhã.
O vinho é a esperança
onde escrevo e permaneço.

O PERDIDO E O GANHO
Luiz de Miranda – Livro do Passageiro (1986 a 1992)

Há em mim a luz,
estrela e estrada,
o perdido e o ganho,
a lã do rebanho.



 Inezita BarrosoSoca Pilão (1954):

segunda-feira, 11 de julho de 2016

"Show das Poderosas" releitura 1001 noites árabes com Vento

Édouard Manet, Olympia (Poderosa), 1863

         O Comitê Ornitolímpico de Bruzundanga se confundiu: a música de abertura dos Jogos Ornitolímpicos 2016 até será da Anitta, mas o espetáculo será do CoV mesmo, cantando o “Show das Poderosas” em versão 1001 noites árabes com Vento.
         Releitura em homenagem a Afonso Henriques de Lima Barreto (1881 a 1922) e Naguib Mahfouz (1911 a 2006).