Tenho
uma amiga que é hippie lá na Califórnia. Ela se chama Simone de
Bou'Fárry.
Me
mandou de presente, neste DIA MUNDIAL do MEIO AMBIENTE (05/06),
um livro que escreveu
no
ano passado, muito
bonito, onde a
gente
lê: “NOSSA ÚNICA RELIGIÃO NESSE MUNDO DEVERIA SER A NATUREZA”.
Encucado com esse
pensamento atrevido,
eu me meti numa granja de arroz, aqui mesmo nos banhados do rio
Gravatahy, para
meditar.
Depoisdo
grito da ave tarrã, eu
vi
o trabalho duro dos
agricultores,
a pescaria dos aposentados, muito veneno-agrotóxico caindo sobre
nossas cabeças como estrelas (de)cadentes do capitalismo. Vi o rio
também
e
fiz questão de atolar o pé no seu lodo. Para muita gente dentre o
milhão de viventes que, por umas
10
cidades diferentes, bebem da sua água, o rio Gravatahy é
um ser INVISÍVEL que só
parece virar realidade quando, essa
mesma
água, some das nossas torneiras.
Infelizmente
não me ocorreu nada
sobre o enigma que minha amiga me enviou desde a Califórnia a
não ser cantar
sobre os remédios que não são vendidos em farmácia. Ou
seja, cantar uma medicina rústica.