segunda-feira, 30 de julho de 2018

CUS de JUDAS (encontrei anjos & arcanjos)













Gravando a canção
Nos CUS de JUDAS
(encontrei anjos & arcanjos)
[p. 17 do livro "Contos Pra Cantar"]
Porque em qualquer lugar
Pode brotar o amor
A arte independente
E a igualdade social!
Vuuuuush!
Aqui o tema num registro voz & violão no Laboratório de Sons do Vento, 2015:
NOS CUS DE JUDAS
(encontrei anjos & arcanjos)
*c. a. albani da silva, o inventor do vento

Um disco voador pousou no meu jardim
E me contou histórias de amor sem fim
(Disco voador caiu no jardim
Derramou litros de histórias sem fim)

Um disco voador pousou no teu quintal
E te disse que procurando o bem só encontrou o mal
(Disco voador pousou no quintal
No bem só encontrou o mal)

Lá onde o arco-íris é rosa
Lá onde o diabo perdeu as botas
Quero te encontrar vestida em cetim
Entre anjos & arcanjos nesse eterno porvir

Um disco voador pousou no nosso coração
Veio das Plêiades, lonjura de constelação
(Disco voador pousou no coração
Bota lonjura de constelação)

Lá onde o arco-íris é rosa
Lá onde o sábio molhou as barbas
Quero te encontrar vestida em cetim
Entre anjos & arcanjos nesse eterno porvir

Um disco voador pousou no teu negro olhar
Não bastou um só ventilador pro teu calorão resfriar
(Disco voador pousou no negro olhar
Só um ventilador não deu pra resfriar)

Um disco voador na cabeça da Dona Tristeza
Foi quem lhe botou o chip ancestral da sua safadeza
(Disco voador pousou na Dona Tereza
Chip ancestral da safadeza)

Lá onde o arco-íris é rosa
Lá nos Cus de Judas*
Quero te encontrar vestindo cetim
Entre anjos & arcanjos nesse eterno porvir

* O município de Cus de Judas/RS fica no Vale do Rio Gravataí e foi colonizado por seres mitológicos há 30 milhões de luas. Lá nasceu nosso guia, o Pégaso de Pau, numa família de mensageiros e de transportadores alados de sonhos humanos.


terça-feira, 24 de julho de 2018

Roquinho para a Divina Comédia de Dante

Quando eu crescer
Eu quero dançar
Que nem a Cecília e a Stefany
Ao som de um
ROQUINHO para a DIVINA COMÉDIA de DANTE!
(Letra e música de C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)

E você?
O que quer ser
Quando você crescer?

Vuuuush!
P.S.: Antonio Ramos - Participação especial nas flautas


sexta-feira, 13 de julho de 2018

EU ACHO QUE EU TE AMO (É VOCÊ HEIN TÁ?)




EU ACHO QUE EU TE AMO (É VOCÊ HEIN TÁ?)
(madame albani satã)

No infinito do espaço sideral
Venha comigo, então tudo tá legal

A seis milhas de distância e tão alto como a Lua
Eu jamais vi você andando na minha rua

Na minha mente, você é o meu desejo
Cão vadio escondido atrás de um beijo

A qualquer hora do dia, na tarde ou na manhã
Seu lábio tem sabor de uma doce maçã

Sintonizado nas curvas do seu corpo
Amor tão louco, algo surreal

Nem Nostradamus previu o frio de um inverno tão quente
Eu tô doente minha alma em chamas chamando por você

Vidas passadas, cartas embaralhadas
Menina linda, eu sou tão feio

Mas o relógio me diz:
que agora eu tô (mais) certo
que agora eu tô (mais) perto
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Madame Satã - Roque Enrow since 2001:
Eu mesmo
Mick Oliveira
Alemão Cristiano
Tiagão Oliveira




quinta-feira, 12 de julho de 2018

Cultivo uma rosa branca




Cultivo uma rosa branca

(José Martí, 1853-1895, Cuba)

Cultivo uma rosa branca,
em julho como em janeiro,
para o amigo verdadeiro
que me estende sua mão franca.

E para o mau que me arranca
o coração com que vivo,
cardo ou urtiga não cultivo:
cultivo uma rosa branca.
* Música, Voz e Violão de C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento
**Tradução de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira


terça-feira, 19 de junho de 2018

CANÇÃO pra TODO MUNDO: Quase a música da Copa 2018




Fico extremamente faceiro ao revelar que
CANÇÃO pra TODO MUNDO
Música do álbum Cavalgando o Vento
Aqui num registro PIRATEADO de FÁBRICA
Quase foi selecionada como música oficial da Copa 2018
Ficamos em segundo lugar
Perdendo apenas para “Live it Up” que
Reúne astros como Nicky Jam, Will Smith e Era Istrefi
Eles sabem o cirílico e cantam em albanês, russo e sérvio
Ao menos foi esta a justificativa apresentada pela
FAFI - Federação Alucinatória de Futebol Intergalático
Com sede em Zurique e filial no terceiro anel de Saturno.

Vuuuuush!
-------------
Canção Pra Todo Mundo
(C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)

Esta vai pro senhor que vê estrelas em testas alheias
Esta vai pra senhora que acredita que demônios vagueiam na Terra
Mas esta vai pro comunista que diz que o capitalismo exterminou
até com os demônios

Esta vai pra morena que passa e com seu perfume me seduz
Esta vai pro carteiro que leva tantas cartas e não recebe nenhuma
Mas esta vai para os analfabetos que estão livres
das mentiras dos jornais

Esta vai pro capataz da obra que por fraudes não foi concluída
Esta vai pro moleque que joga bola esperando uma morada
Enquanto melhores condições de vida não vêm
Ele grita gol, ele grita gol, ele grita


terça-feira, 12 de junho de 2018

MANTRA de EROS sobre o AMOR das CIGARRAS



Independente do inseto que tu gostas
O CoV lhe deseja Feliz Dia dos Namorados
E canta o

MANTRA de EROS SOBRE o AMOR das CIGARRAS
(Inventor do Vento, C. A. Albani da Silva)

Eros foi / ao motel / das libélulas
Porque lá / as fadas é / que são elas
Cupido foi / ao motel / das cigarras
Porque lá / as fadas é / que fazem a sua farra
Onde a / cópula / não é pecado
E até / uns ficam / ficam molhados
Mas amor é / responsabilidade
Se transborda com / serenidade.


DIA dos NAMORADOS


René Magritte, Os amantes, 1928

DIA dos NAMORADOS
Inventor do Vento, C. A. Albani da Silva
Diferentes lugares para se amar?

1) Na Prisão?
Foi o padre católico Valentino que viveu no século III / Apaixonou-se pela filha do carcereiro / Após ser preso em Roma / Por ser cristão quando a nova religião era proibida no Império romano?
Ou foi o padre católico Valentim que teimava em casar / Os jovens / Mesmo que isso fosse proibido / Pelo Império romano que / Estava em crise e em guerra contra os germânicos / E não queria deixar ninguém casar / Porque casado nenhum moço queria ir pra guerra?
Doze de Junho ou Catorze de Fevereiro? Eis a polêmica do Dia dos Namorados desde 496…

2) Numa Viagem?
O bravo cavaleiro Tristão era um cavaleiro da Távola Redonda / Do Rei Arthur da Inglaterra / E ganhou a missão de buscar / Na Irlanda / A princesa Isolda / Noiva prometida para casar com seu tio: o Rei Marcos da Cornualha / Sem querer / Eles beberam da poção do amor / Feita por uma feiticeira para abençoar o amor do rei Marcos / Sabe como é? / A viagem era longa e tediosa / A carroça sacudia muito pelas ruas embarradas da Dublin de 500 / Deu uma sede danada no pessoal… / Esta distração causou muitas tragédias / Pois o casal não queria trair o Rei Marcos / Mas eles não conseguiam mais se desgrudar depois de enfeitiçados pelo amor…

3) Num Palácio/Mausoléu?
Muntaz Mahal era a joia do palácio / E foi amor à primeira mordida com o príncipe indiano Shah Jahan / Casaram e tiveram 14 filhos / Na Índia da dinastia Mogul / Ano de 1648 / Só que ela morreu após o parto do décimo quarto filho / Inconsolado / O Shah ergueu um mausoléu / O mais incrível palácio já feito a um morto / Surgiu assim o monumento de Taj Mahal / A maior prova de amor do mundo?

4) Numa fábrica?
Silva era mestre de geleias na Fábrica dos Ritter / Em Caxuxa / Ano de 1950 / E pirou ao conhecer os olhos azuis de Petry / Só olhando a moça de revesgueio / Na única bailanta do Florindo / Em Morungava / Em que a mãe da moça tinha deixado ela ir / É que era aniversário de uma prima / E naqueles tempos / Lugar de moça passear e fofocar / Era na Missa de domingo / Na Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem / Perto da ponte do rio Gravataí / Não em bailes ou sociais...
Ora, faceiro o Silva ficou quando Olavo / O entregador de frutas / Por sinal / Amigo que tinha lhe ensinado a ser mestre de geleias / Na Fábrica dos Ritter / Chegou levantando poeira na mal-assombrada Estrada dos Ritter / Naquela segunda-feira quente pra dedéu / Disse ao Silva que / A Petry trabalhava logo ali / Desde os 14 anos / Na confeitaria da fábrica / Até o pai dela / Colono alemão e violeiro / Tinha morrido ao cair de um andaime erguendo a fábrica em 1940 / Só que ela soltava mais tarde que o Silva / Ficava fazendo suspiros, bolachas esquecidas e champanhas nos fornos da padaria até de noite.
Bem, Silva não teve dúvida, aquele dia ele iria se atrasar um pouco para o jantar da Mamãe Bugra…
Silva e Petry ficaram 50 anos casados, até a morte os separar no ano 2000: tiveram três filhos e cinco netos!

5) Na periferia?
Era no Texas / Estados Unidos da América do Norte / Ano de 1930 / Outra crise capitalista / Depressão econômica = Desemprego / Violência / Desigualdade & Injustiça!
Clyde Barrow era um garoto pobre / Piá insensível / Teimoso / Durão / (Tinha vergonha de ser pobre) / Quando nasceu o bigode então / Roubou seu primeiro galo-de-briga…
Bonnie Parker era a doce filhinha da mamãe / Não passava de um 1, 50 / Curtia cinema / Música country / Escrevia um diário / Ela teve uma forte decepção amorosa / Com seu primeiro marido / E daí perdeu o tino / À primeira mordida / Por Clyde Barrow… / Afinal como sobreviver sem os carinhos de um fora-da-lei?
Começava assim uma paixão infeliz / Sem limites / Com um fim trágico / Ela inclusive ajudou ele a fugir da cadeia / E assaltaram bancos / E postos de gasolina / Com isso / O “campeão” Clyde ficou 02 anos preso, outra vez / Mas tudo recomeçou / Mataram 15 / No bangue-bangue moderno das periferias urbanas das grandes cidades / Criaram a gangue dos Barrow Sangrentos / Libertaram três pistoleiros do grupo / Mas caíram na armadilha mortal / Do delegado Frank Hamer, em Louisiana / O xerife negociou um indulto com o pai de um dos ladrões do bando / O carro do cúmplice pifou / O casal foi ajudar o comparsa / E tombou com 50 furos cada / Tiros de balas de chumbo / Os traidores sempre, um dia, estiveram do nosso lado!
E quem te falou que o amor é sempre bonitinho?
P.S.: Entre a cadeia e o caixão / O casal de bandidos escreveu dezenas de cartinhas de amor...

Ouça também a playlist "O amor é gostoso que nem pastel com ovo - uns se lambuzam, outros passam fome na rodoviária":

1) RAMALHETE de FLORES de FOGO que a CHUVA APAGOU: Sobre o rompimento das relações...

2) COLAR: Sobre os amores de verão...

3) O AMOR É TÃO BOM: Uma sátira do casamento na adolescência...

4) ATÉ BREVE: Sobre o primeiro amor aquele que não tem passado nem futuro!

5) CANÇÃO DO TUDO PASSA - Valentina & Jerônimo: A crônica do amor na favela, digo, na COHAB...

6) OS NOIVOS: A crônica do casamento na roça...

7) NOSSO AMOR É PUNK BREGA: Sem frescura como o rock and roll punk - três acordes, curto & grosso / Exagerado no bom mau-gosto, um pouco tosco trash também...
* Capítulo VIII do livro "Contos Pra Cantar do Inventor do Vento", 2016

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Imaginários brasileiros da desgraça

J. Carlos (1884-1950), Capa da revista CARETA, 12.10.1946



Imaginários brasileiros da desgraça

(por Inventor do Vento, C. A. Albani da Silva)

1. TESE do PATRIMONIALISMO: A classe política é a culpada: Corrupção + Sacanagens: Brasília = Distopia! Todos políticos/partidos são iguais + Fardo das Eleições + Candidato perfeito: Voto branco & Nulo (A origem talvez seja a colonização portuguesa: Confusão entre o Público e o Privado);

2. TESE do NACIONALISMO PESSIMISTA (do avesso): O povo brasileiro não presta: Jeitinho & Malandragem = Levar vantagem em tudo: Temos o que merecemos (A culpa é da colonização portuguesa, seria diferente se fossemos colônia inglesa ou francesa...);

3. TESE dos LIBERAIS: Falta capitalismo / Falta Mercado livre / Novos Empreendedores / Menos Estado, Mais Empresas / Mais Competição & Lucros, Menos Esmolas: Menos Leis/Direitos/Impostos;

4. TESE do POSITIVISMO / FASCISMOS (punitivistas): Falta coturno & Armas, Falta Autoridade e Punição: Moral = Respeito = Uns talhados pra mandar, outros condenados a obedecer / Precisamos de grandes líderes e heróis para evitar as badernas de esquerda;

5. TESE das ESQUERDAS: A culpa é de nossa condição colonial: Heranças da escravidão + Interesses do Capitalismo periférico = Burguesia local + Classes hegemônicas internacionais e sua propriedade privada sem limites (terras, indústrias, lojas, bancos, tv´s e jornais, transportes) = Exploração do trabalho da ralé (mestiços, herdeiros dos escravos, colonos, assalariados) / Subcidadania das massas urbanas nas periferias.


Utopianos, uni-vos

A UTOPIA (1516) de Tomás Morus
por Inventor do Vento, C. A. Albani da Silva

1) Utopus fundou a República de Utopia não se sabe quando, suponho que na modernidade, deixando pra trás o velho reino de Abraxas;

2) No Oceano Atlântico, pertinho da América do Sul que até o marinheiro Américo Vespúcio (1454-1512) viu da sua caravela a Utopia em 1504;

3) A capital de Utopia é Amaurota, ou Aircastle, banhada pelo rio Anidro;

4) Lá existem 54 cidades idênticas em arquitetura e engenharia;

5) As casas dos moradores são sorteadas e redistribuídas a cada 10 anos entre eles;

6) Todas as casas têm jardins com frutas, videiras e flores. Há torneios de jardinagem;

7) No campo, pequenas roças de 40 camponeses cada;

8) Todo ano, 20 agricultores voltam pra cidade e 20 cidadãos vão para a roça cultivar a terra, criar animais, cuidar das florestas;

9) Além da agricultura cada utopiano aprende na escola uma ocupação: tecelagem, fiação, alvenaria, ferraria, carpintaria;

10) Não há alfaiates, pois todos usam o mesmo estilo de roupa;

11) Trabalho de 6 horas por dia; os excedentes da produção são para ajudar os vizinhos ou na época de grandes obras públicas (pontes, estradas, portos); quando não há nada urgente é decretado feriado a cada estação;

12) Sem a grande propriedade privada: ninguém é rico, mas ninguém é pobre;

13) Sem dinheiro também, acabou a paixão por posses e a ganância; acabaram os crimes e os abusos para enriquecer e ser superior;

14) Utopia, como já dito, é uma República, onde os mais velhos coordenam os mais jovens;

15) Assassinos locais ou estrangeiros são condenados à escravidão;

16) A guerra em Utopia não tem nada de glorioso e é coisa considerada de animal; mas homens e mulheres aprendem defesa pessoal desde criança;

17) A tolerância religiosa é a regra: uns adoram o Sol e a Lua, outros adoram grandes homens do passado; deus criou o mundo, mas os utopianos acreditam impossível a humanidade conhecer a deus nesta vida; a alma é imortal e todo o universo é sagrado;

18) Há celibatários e muitos vegetarianos;

19) A morte é o alcance da felicidade eterna, o único encontro possível com deus; os corpos são cremados em dias de cantos e danças;

20) Acreditam que a alma dos ancestrais está sempre por perto incentivando a não praticarem o mal;

21) São permitidos apenas 13 sacerdotes (padres) por cidade, que são eleitos, inclusive mulheres;

22) O jogo (cartas, tabuleiros, videogames), a caça e as drogas não trazem prazeres aos utopianos;

23) Preferem a música, a leitura e o esporte sendo estes muito praticados;

24) A felicidade lá é viver confortável e ajudar os outros a viver confortáveis também;

25) Matar até os animais é feio: os açougueiros são os escravos;

26) Ouro e prata valem menos que o ferro e a cerâmica; os penicos são feitos de ouro e prata; e as correntes dos escravos são feitas de ouro também;

27) As joias não passam de brincadeira para as crianças;

28) Os doentes sem cura ou muito velhos podem pedir a eutanásia;

29) Moças só se casam a partir dos 18 anos; moços com 20 anos;

30) Divórcio só com adultério ou falta de amor; o traidor é proibido de se casar de novo; a traição é condenada com a escravidão;

31) A Ciência, especialmente biologia e astronomia, é altamente moderna;

32) Os turistas são poucos por ano e só entram nas praias;

33) Não insultam os doentes mentais, pois os consideram depósitos de alegria;

34) Não há maquiagem;

35) O gigante Pantagruel nasceu na ilha, filho do europeu Gargântua e a utopiana Badebec; inclusive liderou os utopianos numa guerra contra os sedentos Dipsodos que tentaram invadir a ilha em nome de seu rei Anarche;

36) O viajante Rafael Hitlodeu morou na República de Utopia e contou tudo a Tomás Morus, Pedro Gilles e João Clemente, mas foi o primeiro deles, Morus, que na Inglaterra escreveu um livro sobre Utopia em 1516.

Um bárbaro rejeita como grosseiro tudo que não é francamente bárbaro

Tomás Morus (1478-1535)


terça-feira, 29 de maio de 2018

MODA CAIPIRA da III GUERRA MUNDIAL




A DISTOPIA anda na cabeça de muita gente
E não só na dos caminhoneiros
A minha viola, La Chica,
Me perguntou então:
Como seria uma “festa” junina
Depois do fim do mundo?
Pedi ajuda ao Bob Dylan
Para podermos cantar uma
MODA da III GUERRA MUNDIAL...

terça-feira, 22 de maio de 2018

Quando o Vento sorri


Quando o Vento sorri
(C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)

Lá vem o Vento!
O Vento
Que arrasta
Descabela
Destelha
E destampa

Lá vem o Vento!
Nordeste – Quente e Opressor
Sul – Melancólico e Gelado
De Finados – Soprando na cara o pó que viraremos

Já vem o Vento!
Loas às Tempestades!
Glória aos Furacões!
Lembranças a Hermes
Mercúrio – Exu – E a toda a Ventania

Só não venham
Agora
As brisas mansas
Marolinhas
E outras
Calmarias

Já está aqui o Vento!
E que mais nada fique
De pé então
Nem as árvores, nem os postes, nem os deuses
Nem o Amor
Nem os mastros das bandeiras
Nem as perucas das velhas
Nem as Ideias de Jerico

Sopra o Vento!
Voam pelos ares
Cadeiras
O lixo
Dança a
Sacola Plástica
A bola inalcançável
Já não faz mais a criança feliz
Nem o boné
Aperta os miolos
De mais uma Cabeça de Vento

Ri o Vento
Pois
Não
Nada Mais
Rebelde
Do
Que Ele.
(Do capítulo XIV do livro "Contos Pra Cantar" -
"Sujar a casa e andar sem roupas")

sábado, 19 de maio de 2018

Maio de 1968: É proibido proibir



Maio 1968 / Maio 2018 / Maio 2068:

A utopia da utopia?

Releitura de
"É proibido proibir"
de Caetano Veloso
por Cavalgando o Vento:
Albani: Voz e baixo
Aline: Violão e vocais
Alemão: Tambor
Cléo: Meia lua e vocais
Jujuba: Vocais e poema incidental
"Romanceiro da Inconfidência" (trecho) de Cecília Meireles.
Vuuuuush

sábado, 12 de maio de 2018

130 Anos Abolição: SOU NEGRO


Treze de Maio Faz 130 anos da Abolição da Escravidão No Brasil Já imaginou ser Uma mãe negra Em tempos de escravatura? ---------------------------- Seguimos trabalhando Para abolir O fantasma da escravidão... ---------------------------- Sou Negro (Poema de Solano Trindade / Música de C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento) A Dione Silva Sou Negro meus avós foram queimados pelo sol da África minh´alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs Contaram-me que meus avós vieram de Loanda como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor de engenho novo e fundaram o primeiro Maracatu. Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi Era valente como quê Na capoeira ou na faca escreveu não leu o pau comeu Não foi um pai João humilde e manso Mesmo vovó não foi de brincadeira Na guerra dos Malês ela se destacou Na minh´alma ficou o samba o batuque o bamboleio e o desejo de libertação... -------------------- Albani: Voz, música, violão Alemão: Percussão Antonio: Bansuri