Mostrando postagens com marcador Dia das Mulheres. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dia das Mulheres. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de março de 2020

MULHERES na HISTÓRIA

MULHERES NA HISTÓRIA

Por Inventor do Vento
Vuuush

1. MULHER DE WILLENDORF: Amuleto pré-histórico de 30 mil anos atrás, encontrado na Áustria. Símbolo de beleza da maternidade.

2. LISÍSTRATA: Heroína grega da peça A GREVE DO SEXO, escrita por Aristófanes e encenada em 411 a.C. Lis foi quem convenceu Cleonice de que as mulheres tinham que abandonar os maridos enquanto eles não acabassem com a guerra civil entre as cidades de Atenas e Esparta.

3. JOANA D´ARC: Foi queimada viva pela Igreja em 1431 por se vestir de homem e lutar pela França que estava em guerra, durante 100 anos, com a Inglaterra.

4. DANDARA: Líder do QUILOMBO DOS PALMARES, no Brasil Colônia. Ela preferiu o suicídio do que ter que voltar a ser escrava com a destruição do Quilombo em 1694.

5. MARY WOLLSTONECRAFT: Escreveu sobre os DIREITOS DA MULHER em 1792, na Inglaterra, pioneira do feminismo. A mulher não deve mais ser obrigada a ser uma esposa perfeita, mas, sim, ser plenamente uma pessoa independente.






terça-feira, 6 de março de 2018

Adaga de Prata: SEMANA DE LUTAS DAS MULHERES = RECITAL PIMENTA PINK




A cantoria segue, desta vez, com ADAGA de PRATA:
Um canto de inspiração mitológica sobre o machismo e o feminismo.
Uma mulher que decidiu morrer virgem, pois sua mãe lhe ensinou que só havia maldade nos homens...

Vuuuuush!
--------------------
ADAGA DE PRATA
(c. a. albani da silva, o inventor do vento)

Não me venha com serenatas
Acordarás assim
a minha mãe
Ela dorme aqui bem
do meu lado
Com uma adaga de prata
no seu punho direito cerrado
Jamais serei a sua esposa

Os homens são todos falsos
Afirma mamãe e a sua adaga
Eles sempre usam
as mesmas cantadas
E na primeira ocasião
Cortejam outra
Desapontando assim
suas namoradas

Meu pai foi um
desses demônios
Sempre tão encantadores
Com a sua corrente
de ouro puro
Acorrentou o coração
de muitas meninas

Portanto vá cortejar
outra moça
Mais ingênua
Torça pra que ela
se apaixone
Por ti
E sua corrente de ouro puro

Pois eu
Eu não quero ser ferida
Decidi então
dormir sozinha pelo resto da vida.


quinta-feira, 1 de março de 2018

VERÔNICA: RECITAL PIMENTA PINK



Nesta semana de lutas das mulheres, (qual não é?), ouça o recital PIMENTA PINK do CoV.
Hoje a história é de VERÔNICA: senhora quixotesca que chutou o balde e virou a mesa da cultura machista que lhe arrodeava.
(Capítulo V dos Contos Pra Cantar, p. 31)
Vuuuuush!

VERÔNICA
(c. a. albani da silva, o inventor do vento)
*Quixotismos

Ela já não pensa em marido
Ela já deixou o seu partido
E agora já não segue nenhum deus

Ela largou o clube feminino
Ela chamou o patrão de cretino
Já não torce mais pro time que torceu

Ela já não gosta de vestidos
Ela já não limpa os ouvidos
Não espera mais por um príncipe que nunca nasceu

Ai, ai, Verônica
Só encontrou alegria
Quando deixou de fazer
As coisas que sempre fazia

Ela não depila mais as pernas
Nem almeja mais a vida eterna
E agora cospe no prato que comeu

Esqueceu qual era sua causa
E só come sorvete em cauda
Coloriu todos os livros que leu

Ela já não sente mais saudade
Largou a sua velha faculdade
E queimou todos os diplomas que a vida lhe deu

Sua cor favorita era rosa
Mas agora muda a cada lua nova
E o amor tem um sabor de hortelã

Ai, ai, Verônica
Só encontrou alegria
Quando deixou de fazer
As coisas que sempre fazia

Parou de pensar sobre si mesma
Esqueceu até de sua magreza
E deixou a cara do jeito que acordou pela manhã

Trocou o celular por um carteiro
Perdeu o interesse pelo alheio
E a coisa mais bonita que disse foi “Bom Dia”

Tirou o carro da garagem
Mas preferiu fazer com as próprias pernas
Um caminho por um mapa que ela mesma desenhou


quinta-feira, 2 de março de 2017

Recital Pimenta Cor-de-Rosa



O recital Pimenta Cor-de-Rosa apresenta algumas das personagens femininas que compõem o livro “Contos Pra Cantar do Inventor do Vento”.

No dia de Lutas Delas (08/03), destacamos as seguintes moças em 08 canções:

1) VERÔNICA: O quixotismo de se chutar o balde e virar a mesa da cultura machista que perdura pelas eras e lugares;


2) LUGAR DE MULHER ONDE É? Um encontro histórico entre uma camponesa analfabeta do século XVII e uma menininha de 09 anos que lhe apresenta a modernidade no ano de 2013;


3) É DE MARIA QUE FALO É PRA MARIA O MEU CANTO: A maternidade é coisa sagrada, e exclusiva a apenas metade da humanidade. No Brasil, muitos somos filhos de Maria, eu inclusive. Em 05 minutos, a história da minha Mamica: da colônia para um Vale industrial. Para sempre filho de Maria!


4) ADAGA DE PRATA: As mitológicas do machismo x feminismo;


5) ENTRE O GOLPE E A REVOLUÇÃO: Uma foto que virou música. Tirada por uma estudante em meio à crise política brasileira de 2016? Pode ser!


6) SIDNEA MAGOA: Vi Sidnea dançando lambada numa esquina de Porto Alegre. E ela me contou que não anda nada satisfeita com as coisas do espírito e da política no Brasil;


7) HISTÓRIA QUE NÃO VIVI: Uma valsinha esquisita em plena festa de 15 anos. Entre a dança e a contradança, pai e filha dialogam sobre o despertar da sexualidade.


8) A DANÇARINA JÉSSICA: Jéssica ia aos bailes de 1979 no seu vestido calexico até a Mãe Lua lhe chamar para a noite (ou seria um mágico de rua?) e ela virar a melhor meretriz de todas.


*Arte por Jhonatan Souza


quarta-feira, 4 de março de 2015

Sarau "Pimenta Cor de Rosa" II: Deusa dos Orixás & Colar


Oyá Iansã, que rege tempestades e relâmpagos com vento, fogo e paixões do rio Níger

            Seguimos o ventoso sarau “Pimenta Cor de Rosa” em homenagem às mulheres no tempo. Nas canções abaixo, a sensualidade das e o amor pelas mulheres. Primeiramente, na releitura do ponto de terreira, “A Deusa dos Orixás”, imortalizado pela voz de Clara Nunes e revisitado no acústico maresia, Navegantes de 2014, pelo CoV, cantamos sobre um triângulo amoroso: retire os nomes de santos e ponha Ana, Marcelo e Adriano e a história será a mesma. Triângulos amorosos de verdade possuem a fórmula 2v + 1d = 2 x 0: dois varões mais uma dama = um casal feliz vezes um solitário chupando dedo na falta de coisa melhor, como manga, por exemplo. Segundamemente, a balada “Colar”, escrita pelo Inventor do Vento, C. A. Albani da Silva, em 2011, e terceira faixa do disco do CoV, lançado em 2013: poesia lírica para a beleza barroca duma brejeira rapariga de verão.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mulheres, Hugo Chávez


Carolina Tiemi (Chi), A Papisa, 2011

Curiosidades sobre a história do cristianismo
Parte 2 – As mulheres nas igrejas primitivas
(Ainda com o apoio do livro “Uma breve história do cristianismo”, 2011, de Geoffrey Blainey)

        Historicamente / As religiões monoteístas / Judaísmo, Cristianismo e Islamismo / Inovadoras / Ao se estruturarem a partir de códigos morais / Teologicamente / Mais importantes / Para elas / Do que os rituais / Têm culpado as mulheres / Pelos pecados do mundo / A sensualidade e a beleza femininas / Seriam diabólicas / Assim / Ao menos / Apresenta-se / A mulher / No Gênesis bíblico / Sendo Eva / Quem atrai Adão / Para o mau caminho / Do livre-arbítrio / Assim também / Eram representadas / As bruxas / Mulheres não totalmente submissas aos homens / Portanto / Demonizadas / E queimadas em fogueiras / Acesas pela Igreja Católica / Nos mil anos da Idade Média europeia / Mas também / Nos tribunais da Inquisição / Moderna / Sobretudo em Portugal e Espanha / Já nas correntes do / Fundamentalismo islâmico / As moças têm de tapar / Até o dedão do pé.
            Mas nem sempre foi assim / Na Antiguidade / Mulheres influenciaram bastante os rumos do cristianismo / Então iniciante / Para além de Maria Madalena e da Virgem Maria:

Priscila – Líder cristã de Corinto, na Grécia, professora de Apolo: um famoso estudioso judeu das Sagradas Escrituras que era rival de Pedro, o apóstolo;
Lídia – Rica comerciante de púrpura, na Macedônia: financiou várias congregações cristãs pioneiras na região;
Porfírio – Opa! Este era homem, filósofo pagão dos anos 300. Preocupado com a manutenção do machismo predominante na sociedade agrária da Roma Antiga, acusava as mulheres de atrapalhar o cristianismo. Ou seja, sinal de que elas eram protagonistas mesmo nos primeiros dias da, atualmente, maior religião da humanidade.
    P.S.: Sobre o Dia Internacional das Mulheres, releia a postagem de 08/03/2012.


O Terno66 (2012): A síntese da angústia “Pós-Moderna” para quem cria cultura no século XXI:

DuSoutoCretino (2012): O leitor Ronnie Wood afirma “a pegada mais próxima dos Rolling Stones que já ouvi nos últimos anos”!

A literatura e a Venezuela
Rómulo Gallegos (1884-1969): Professor, escritor, ministro e presidente, Gallegos foi um dos fundadores da Acción Democrática (AD) um dos grandes partidos da Venezuela e, durante boa parte do século XX, o maior partido social-democrata da América do Sul. Atualmente, ao lado da democracia-cristã (Copei), representa a oposição eleitoral ao socialismo bolivariano de Hugo Chávez. Vale lembrar que, após o Pacto do Ponto Fixo, em 1969, que durou até 1998, os dois partidos se revezaram no poder venezuelano. Entre outras coisas, privatizaram de vez o petróleo do rio Orinoco, consolidando assim a dependência econômica do país, grande exportador desse produto, sobretudo aos EUA. Por outro lado, nesse processo, a agricultura e a pesca minguaram brutalmente e a maioria da população venezuelana ficou condenada à importação de alimentos, até hoje, entrando assim num ciclo de empobrecimento e miséria prolongado. Em 1929, Gallegos publicou o romance “Doña Bárbara”, que abordava criticamente a ditadura militar de Juan Vicente Gómez que governou a Venezuela de 1908 a 1935 de forma semelhante ao Ponto Fixo. Já em “Canaima” (1935) o escritor abordou o conflito cultural entre as ancestrais civilizações originárias e a brutal colonização modernizadora da Europa imperial na América.

O general em seu labirinto (1989): Romance histórico criado pelo Nobel de Literatura de 1982, o escritor colombiano Gabriel García Márquez (1927). Descreve literariamente a vida do general Simón Bolívar (1783-1830) – um dos mais ousados líderes da independência latino-americana. Entusiasta das ideias Iluministas, Bolívar defendia a criação de uma única pátria na América hispânica: a Grande Colômbia que, entre 1821 e 1830, uniu Venezuela, Equador e Colômbia. Sua imagem foi resgatada nos anos 1990, pelo coronel-paraquedista Hugo Chávez Frías líder da rebelião militar de 1992 que propunha um novo socialismo para a América Latina no século XXI – o socialismo bolivariano, sendo que este vinha em gestação desde o Caracazo de 1989. O Caracazo foi a primeira grande rebelião popular, reprimida militarmente pelo presidente de então, Carlos Andrés Pérez, da AD, contra a hegemonia neoliberal posterior à Guerra Fria.

Eloi Yagüe Jarque (1957): Autor nascido na Espanha, mas que vive desde a infância em Caracas. Escreveu uma novela noir chamada Quando ama deve partir”, ou seja, uma história policial, que, no caso, também adentra em temas políticos e que se passa no cenário histórico do Caracazo de 1989. Na novela, Castelmar, um repórter na casa dos 40 anos, poeta e militante da esquerda na juventude, sai da fossa pessoal ao engajar-se nos levantes populares desde as favelas de Caracas, assim como, apaixonando-se por uma jovem jornalista, também amada por seu chefe – W.C., triângulo amoroso este que termina em morte.

Ana Teresa Torres (1945): Esta escritora, também psicóloga e psicanalista, criou o conto “Onde está você, Ana Klein?”, recolhido junto à obra de Stéphane Chao Antologia do Conto Pan-Americano”: lá está escrito sobre Ana Klein, a psicóloga de família judia que, durante a II Guerra, emigrou para Buenos Aires, mas durante o regime militar argentino, exilou-se na Venezuela:
Sentia saudade de Caracas, mas não conseguia deixar de sentir ódio pela interrupção que os milicos tinham produzido em sua vida. Qualquer um poderia compreender, até a mulher das 7h20, se lhe explicasse no que consiste interromper a vida. Na verdade, ela havia interrompido a sua de novo quando voltou para Buenos Aires, mas esta é a característica das interrupções da vida. Uma vez interrompida, sempre interrompida”.

Abidoral JamacaruEla me disse (2008): E foi Ana Klein quem comentou, em uma de suas consultas, “a mais bela canção de amor que já ouvi nos últimos anos”!

LirinhaSidarta (2008):
Y