Treze de Maio
Faz 130 anos da Abolição da Escravidão
No Brasil
Já imaginou ser
Uma mãe negra
Em tempos de escravatura?
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Seguimos trabalhando
Para abolir
O fantasma da escravidão...
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Sou Negro
(Poema de Solano Trindade / Música de C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)
A Dione Silva
Sou Negro
meus avós foram queimados
pelo sol da África
minh´alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs
Contaram-me que meus avós
vieram de Loanda
como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor de engenho novo
e fundaram o primeiro Maracatu.
Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
escreveu não leu
o pau comeu
Não foi um pai João
humilde e manso
Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
ela se destacou
Na minh´alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação...
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Albani: Voz, música, violão
Alemão: Percussão
Antonio: Bansuri