domingo, 20 de setembro de 2015

Baú de Sons Banda Madame Satã: Já dormi em cemitério (Gildo de Freitas)

Gildão com curupaco no ombro, c. 1965


Já dormi em cemitério
(Gildo Freitas, 1919 a 1982)

Esta mania de pessoas antigas 
De dizer que ai lugares metidos a assombrados 
Eu por exemplo sou gaúcho e não creio 
Até em cemitérios já tenho posado 

Ainda estes dias se deu um caso sério 
Disparei da polícia e fui dormir no cemitério 
E eu por lá passei a noite descansado 
Porque não vi polícia e nem delegado 

Eu tenho medo só de gente viva 
Pela mania que as pessoas têm 
De gente morta eu não tenho medo 
Porque os coitadinhos não fazem mal a ninguém 
(Recriada em 2004 pela banda Madame Satã, Gravataí/RS)

domingo, 13 de setembro de 2015

Até Breve

Alice Soares, Menina, 1964 


Até Breve
(C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)

Refrão:
Foi num domingo de verão em que você me disse adeus
E eu lhe disse que isso não passava de um “até breve”
Mas a saudade foi tomando conta do (nosso) coração
Foi quando fiz esta canção para as horas tristes e alegres

Por isso lembre dela quando tiver medo
Lembre dela antes de dormir
Lembre naquelas horas tristonhas
Lembre dela tirando remela dos olhos ao acordar

Por isso cante quando se sentir insegura
Cante debaixo do chuveiro
Cante para todo mundo ouvir
Cante, cantando assim

Por isso pense nela e com ela pense em mim
Pense nela quando esquecer de todo o resto
Pense nela passando batom
Pense nela, comemorando bela, um gol!


*Oitava faixa do CD do CoV, gravada em março de 2012 no Estúdio LACOS, Cachoeirinha/RS: Albani (voz, violão, harmônica e percussão), Mick Oliveira (violão solo, vocais de apoio), Cleiton Amorim (produção).



quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Sarau CoV "Pimenta Cor de Rosa: Mulheres no Tempo" (Playlist)

Hilda Dallas, Poster, 1909


Playlist no SoundCloud pra cantar com o CoV sobre as mulheres no tempo: lutas políticas, paixões, feminilidade, o machismo, a maternidade, sagrado feminino de todo dia em muitas eras que o dia passa devagarzinho e as eras muito rápidas.

Adaga de Prata (C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento): Composição de 2013, também registrada ao vivo no programa Estação Cultura da TVE (abril de 2014). Inspirada em muitas mitologias e na simbólica figura da moça que decide morrer virgem por enxergar só maldade nos homens.

Diga Cá (C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento): Baião que está na quinta faixa do CD do CoV (finalizado em 2013). A pergunta é para as mulheres (lavadeiras, faxineiras, estudantes, jornalistas, jogadoras) sobre o que faz a diferença no Brasil do século XXI?

História que não vivi (C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento): Escrita para o curta metragem estudantil homônimo, em 2013, esta balada traz um intenso diálogo entre um papai que vê a filha ainda bonequinha e a filha adolescente que sente na carne e no coração o despertar da sexualidade.

Colar (C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento): Nesta canção, a sombra de uma rapariga em flor deflagra versos líricos para uma beleza brejeira barroca que virou canção e depois livro. Terceira faixa do CD do CoV (2013).

A Guria da Livraria (C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento): Falando em livros, só deixem em paz a guria da livrariaaaaaaa!

Verônica (C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento): A Verônica que chutou o balde, virou a mesa, deixou de fazer as coisas que sempre fazia. Reforço do Mick Oliveira nos teclados em mais um capítulo dos Concertos do Vento para Piano & Voz.

Mulheres de Atenas (Chico Buarque & Augusto Boal): O machismo de Atenas perdura da Antiguidade até ontem. E nos vocais de apoio uma Amazona: Aline Albani. Gravação no Acústico Maresia, Navegantes de 2014, Praia de Baunilha.

Capitu (Luiz Tatit): A mais famosa e enigmática personagem da literatura brasileira: Capitolina Rodrigues apareceu no livro “Dom Casmurro” (1899) de Machado de Assis e ninguém mais se esqueceu dela. Nem mesmo na era da internet.

Acorda, Maria Bonita (Antonio dos Santos, o cangaceiro Volta Seca): Nas sociedades pré-industriais o papel econômico da mulher era indissociável do papel do homem: a casa, a prole, o campo eram uma unidade e o machismo era diferente dos dias posteriores à Revolução Industrial onde a mulher foi sendo inferiorizada por seu trabalho doméstico ser pouco, ou nada, remunerado.

 A Deusa dos Orixás (Clara Nunes desde um ponto de terreira): Triângulos amorosos de verdade possuem a fórmula 2v + 1d = 2 x 0: dois varões mais uma dama = um casal feliz vezes um solitário chupando dedo na falta de coisa melhor, como manga, por exemplo. Isso acontece seja com gente ou orixá: Ogum x Xangô + Yansã.

É de Maria que falo é pra Maria que canto (C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento): Em cinco minutos a história da vida da mulher mais importante da vida do Inventor do Vento: a Mamica! É pra ela que canto! Vuuuuuuuush!

 Show das Poderosas (Anitta numa versão 1001 noites árabes com Vento): Sherazade pode ter sido a primeira poderosa da História. Ao menos é personagem duradoura, de um jeito ou de outro, até os dias que seguem e quase ninguém sabe onde irão dar.