quinta-feira, 25 de julho de 2013

Tuttilóki

Aldo Locatelli, Jesus indicando o caminho, s/d


         O Tuttilóki é um coletivo sonoro criado na cidade de São Paulo em torno da poesia de José Luis Queiroz e seu livro “O Cortejo”. Acompanhando o livro, lançado em junho passado, o disco “Em algum desses dias” apresenta 20 canções gravadas por mais de 30 músicos: Tuttilóki.


Canções por nada
(José Luis Queiroz)

Canta-me outra canção impetuosa,
que fale do mundo nas dobras da entranha;
que chore a armadura partida,
que trinque o elmo e arranhe o escudo.

Canta-me outra canção lutuosa,
que fale do homem carpidor das batalhas;
que apoia, no balcão, as suas nuas feridas,
que suja a sarjeta com seu pútrido fel.

Canta-me outra canção esplêndida,
que fale de heróis sob os frios viadutos;
que espante o rival da frágil raça,
seu hostil mandatário que urra febril.

Canta-me, qualquer uma – suprema,
que fale da morte que nos encurrala;
que brinde à vida que nunca se ganhou
e à mensagem da perda, jamais decifrada.
Canta-me, enfim, a canção
que jamais volte a ser cantada...


TuttilókiTeu amor é (2013): 


TuttilókiSimple way (2013): 


Fellini Lóki (1989): Canção do Mutante Arnaldo Baptista. 


Instante Casual
(José Luis Queiroz)

Como se um andróide se apropriasse de mim
e justificasse a minha existência.
E eu, amputado de mim mesmo,
ainda constrangido pelo desmascaramento
e de queixo caído, livre pela atmosfera,
investisse no irrefutável:
deixar-me ir nessa emancipatória tarefa, ingrata,
diga-se de passagem,
de ver o catador de arco-íris semear trevas,
de crer no cantador de paraísos que emudece
                                                    [em infernos,
de ter, no captor de sentimentos, o que rechaça
                                                   [todos os instintos.
Como se esse andróide, ao se apropriar de mim,
se apossasse de minha carência e
tudo o mais que a contradiga, e, prenhe de sonhos
                                                  [labirínticos,
ele não abalasse a minha reputação desejada;
não me deixasse fazer falta na realidade, onde os
                                                 [sonhadores proliferam;
não relegasse a minha memória ao último plano;
apenas fosse.
Fosse comigo, apenas, por alguns metros,
rumo a qualquer horizonte;
e abandonasse o meu corpo e os meus sonhos lá
onde cai o sol, dando de ombros para o instante
                                                   [casual.

Grupo RumoDelírio, meu (2004):


Abidoral JamacaruBárbara (2008): 


Nó de PinhoPiquete do Caveira (2012): 


Rosebud
(José Luis Queiroz)

A redoma caiu no chão
e espatifou toda uma vida:
nevava nos trópicos do meu peito.
Juntei os pedaços, liguei o sol à paisagem
                                         [e nós dois correndo estilhaçados...]
Mas as águas do riacho

...ninguém sabe para onde correm.

sábado, 20 de julho de 2013

Madame Satã

Tiago Oliveira, Madame Satã, 2004

A maior banda da galáxia – Madame Satã
(C. A. Albani da Silva)

      Nem Beatles, nem Stones, nem Led Zeppelin, muito menos Cascavelletes ou Legião Urbana: a maior banda da galáxia foi a banda Madame Satã. Criada na cidade de Gravataí/RS, em 2001, por quatro quase colegas de uma escola pública com nome de músico (o maestro Heitor Villa-Lobos) em um bairro operário – a COHAB-C. Desde o ano 2000 Carlos Carlinhos Carlitos “Casara” passava diariamente, indo ao fatídico colégio, em frente à casa dos irmãos Oliveira: Tiago Tiagão “Revives” e Miquéias Gordo Gordão “Gordis”, casa esta em que se escutava num volume ensurdecedor Guns n´Roses, Iron Maiden, Nirvana etc etc etc. “Casara” aprendia então suas primeiras notas no violão do sogro do seu irmão Alex Albani (vulgo Leco Brown) e, por influência deste, começava a ouvir o hard rock dos anos 1970, ou melhor, começava a ouvir Aerosmith. Logo, Carlinhos descobriria que tal banda não passava de uma cópia bem-sucedida dos Rolling Stones e esta banda, por sua vez, era uma cópia inglesa, ainda mais bem-sucedida, dos músicos negros do blues norteamericano.
       Então Carlos já tinha o péssimo hábito de persuadir os outros compartilhando assim suas loucuras e, mal passando de 3 acordes no violão, convenceu o amigo de infância e companheiro de muitas leituras (quadrinhos, revistas de videogame, lá de vez em quando uma Playboy) Giancarlo Santos Matinata (excelente desenhista, geralmente ilustrando os roteiros do Carlos, mas um péssimo violonista...) a virarem rockstars. Na real existem dúvidas sobre quem persuadiu quem primeiro quanto às luzes da ribalta... Mas foi desse jeito que acabaram estreitando laços com os irmãos Oliveira. Este embrião da Madame Satã não durou muito, primeiro porquê: 1. Eram tão ignorantes na época que achavam que o Bob Dylan já estivesse morto, cantando em sua homenagem póstuma (?!?) a balada “Knockin´on Heaven´s Door” tão tristes que só numa tarde chuvosa; 2. Na época, a internet não estava disseminada, sendo que as revistas com as cifras de violão eram caras; 3. “Gordis” tocava num violão de origem suspeita (talvez de fabricação caseira procedente do arquipélago havaiano, pois que parecia um ukelele) e que, ao se afinar a 1ª corda, invariavelmente, arrebentava a 3ª.
       Até que não demorou tanto e, ainda em 2001, todos adquiriram instrumentos de verdade (as guitarras mais baratas da loja, obviamente). Todos menos o novo integrante do grupo: “Alemão” Cristiano, um ardoroso fã dos mascarados do Kiss. Sem bateria, improvisava caixa, tons, surdos em potes de plástico de sua mãe, cozinheira, e até na bem conservada caixa do Super Nintendo do Albani, digo, Carlos “Casara”. Mas os deuses do Destino e do Rock conspiraram e uma moça, amiga dos Oliveira, ganhou, por aqueles dias, numa rifa de rádio, um contrabaixo e uma bateria, novinhos em folha, que foram logo comprados, a preço de banana, por “Revives” e “Alemão” (que, embora muito quisessem, não co*er*m a guria no processo de negociação...).
       Com o instrumental completo começaram os barulhentos ensaios, primeiro na casa do “Alemão”, num quartinho terrivelmente quente, às vezes, na bem mais agradável sala de estar, depois, e em eterno, na memória dos quatro, ao menos, lá nos fundos da casa dos Oliveira. Logo os aspirantes a músicos se depararam com um novo dilema: botar um nome na banda! E foi um dos irmãos Oliveira quem cravou Madame Satã! Embora polêmico, ou justamente por isso, já que é típico do expressionismo roqueiro a provocação e a malícia, o nome ficou. 

         Aparte histórico-cultural: Madame Satã era um rock maneiro da Bandaliera (antiga banda do rock gaúcho); mas era também um bar underground de São Paulo (coincidência ou não cidade para onde havia se mudado, virando boxeador, o camarada Gian); por fim, Madame Satã (João Francisco dos Santos Sant´Anna, 1900 a 1976) foi um personagem folclórico da boemia/Carnaval de rua do Rio de Janeiro nos anos 1930 e ’40: travesti, negro e capoeirista que ganhou fama ao se fantasiar conforme o filme homônimo de Cecil B. de Mille.
            
     Por esta mesma época Carlinhos e “Gordis” descobriram que o rock não era novidade no Brasil, tendo sido trazido pra cá bem antes do rock gaúcho dos anos 1980 – e que a gurizada curtia nos discos de vinil (Rock Grande do Sul, Garotos da Rua, Os Eles...) herdados de seus tios rebeldes.  Pois bem, por sugestão do pai do Carlinhos e com uma ajudona das fitas K7 da Tia Tânia, tia dos irmãos Oliveira e uma dessas rebeldes da contracultura, de que falávamos, ah! também poetisa, a dupla se pôs a escutar enlouquecidos o Raul Seixas e suas heranças Tropicalistas. Enquanto que por influência da mãe do Carlos e dos pais do “Alemão” o grupo conheceu a Jovem Guarda. Ou seja, descobriram que até o Roberto Carlos já tinha sido roqueiro, mas o afamado mau de verdade era mesmo o Tremendão Erasmo Carlos; e que The Fevers, Renato e seus Blue Caps eram embalos quentes nas domingueiras de 1970 e picos.      
      Talvez isso explique a paranóia retrô/passadista/nostálgica em que a banda entrou dali em diante. Inclusive com Carlinhos tendo crise de labirintite após escutar debaixo da cama o disco “Rocks” do Aerosmith. A banda passou a pregar a volta aos anos 70 em uma de suas músicas autorais (“De volta aos anos 70”) conforme pregam os pastores, padres e santos a volta de Cristo há 2000 mil anos. Mas ao longo do tempo, através de custosas e sofridas sessões de psicoterapia, e escutando muito o grupo The Black Crowes, acabaram entendendo que, a banda logo atrás citada, foi, de fato, a única máquina do tempo que já funcionou na História.
      Falando em músicas próprias, desde os primeiros ensaios mal-afinados da Madame o grupo já produzia material inédito, geralmente invenções da cachola utópica, compulsiva e repleta de Ideias de Jerico do Carlitos: “Jaqueline”, “Eu não nasci em Liverpool”, “Os olhos não mentem”, “Menino Magricela”, “Desejo Indecente”, “Volúpia Sob-Medida” dezenas e dezenas de vinganças metafísicas contra todas as garotas que não davam bola ao cantor e guitarrista-base da Madame.
           Assim sendo foram ao todo 1345 ensaios em 5 anos de banda. Uns 12 shows em bares, na sede local da CUT, Cine Teatro Municipal de Gravataí, em escolas (no ginásio velho do GENSA encararam uma plateia de 300 pessoas e repaginaram a batucada de “Sympathy for the Devil”, dos Stones, de maneira apoteótica), em alguns festivais locais e nas casas dos parentes. Ganharam alguns desses festivais no Vale do Gravataí entre 2003 e 2004. Já em um outro tiveram duas guitarras, um contrabaixo, cabos, pedais e a Ford Caravan ’86 do pai do batera “Alemão” roubados. Precisaram tocar naquela noite fria de 2002 com os instrumentos emprestados de outros músicos solidários (a galera da banda “Frida”!). A Caravan encontrariam horas depois, a duas quadras do palco; os instrumentos nunca mais...
        Mas agora chegamos ao principal talento da banda, e por isso este que vos escreve a considera a maior da galáxia: são as suas gravações caseiras/artesanais/”do it yourself”/punk que deixaram. Das dezenas de registros sonoros que produziram apenas cinco foram em estúdio profissional (um ensaio gravado nos primeiros dias de banda em 2001 e duas demos de 2004, que, por sinal, tocaram na Rádio Ipanema - no programa Hot Club do Mutuca...), porém mais de 20 porradas foram produzidas, gravadas, mixadas e masterizadas totalmente artesanais. Isto sem contar as fitas K7 de ensaios memoráveis que o bolor, 10 anos depois, devora a passos largos. Enfim, entre os projetos caseiros, podemos incluir a ópera adolescente, verdadeira ode à puberdade masculina proletária, intitulada “Pornô Cor-de-Rosa”; do mesmo modo uma releitura do trovador gaudério Gildo de Freitas.
     Como tudo acaba um dia, a banda, certo dia, acabou. Claro, antes disso, até todos aceitarem os fatos, como ocorre em namoros antigos, houve dissabores, frustrações, traições, uns gorós a mais num show aqui, ausências físicas e/ou espirituais em um ensaio acolá, a troca do baterista (entrou o Geison “Mason” que fez a batera de “Lucy não se esqueça de mim” em 2005) e do nome (virou “Cartola Cósmica” ). Mas não tinha mais jeito, como o sucesso (e o dinheiro) não veio, as coisas foram mudando. Felizmente, as drogas também não vieram, já que os guris sempre foram muito caretas, “loucos de cara” mesmo, como diz o poeta e músico Vitor Ramil. Mas mesmo o sucesso não chegando, chegaram e sentaram praça naqueles quatro corações (bobos? rebeldes? românticos?) as namoradas, os trabalhos em fábricas de automóveis e operando fotocopiadoras e fazendo urnas, tanques de fibra plástica, o caramba, SENAI, faculdade de História e o e u...
       Nesse processo todo, infelizmente, os rapazes descobriram que o mundo era bem maior do que seus quartos e sua querida COHAB. Claro, o que não os impediu de continuarem fazendo arte (mesmo o bom e velho Rock n´Roll, só que agora de vez em quando): seja com a Dirigíveis, nas horas vagas, seja com o Cavalgando o Vento, nas horas ocupadas. Portanto, prezado leitor deste blogue Ventoso, perdoe-me se espicho demais esta crônica, mas é que tenho mesmo a convicção de que nem Beatles, nem Stones, nem Led, nem Casca, nem Legião: a maior banda da galáxia em todos os tempos e eras prismas fótons prótons neutrinos quarks e buracos negros foi a banda Madame Satã!
            P.S.: Cabe aqui um pedido de desculpas a todos os fãs, amigos, colegas, familiares, músicos, groupies, bitches, musas (reais e/ou imaginárias) que não citei nesta crônica por motivos de espaço ou esquecimento mesmo. 
  


Vitor Ramil Loucos de Cara (2012): 

Cecil B. de Mille Madam Satan (1930):


quinta-feira, 11 de julho de 2013

Vozes Líricas

Leopoldo Gotuzzo, Nu feminino, s/d

Cultivo uma rosa branca
(José Martí, 1853-1895, Cuba)

Cultivo uma rosa branca,
em julho como em janeiro,
para o amigo verdadeiro
que me estende sua mão franca.

E para o mau que me arranca
o coração com que vivo,
cardo ou urtiga não cultivo:
cultivo uma rosa branca.

Los Fabulosos CadillacsCalaveras y Diablitos (2008): Caveiras e diabinhos. 

A vaca morta
(Manuel Del Cabral, 1907-1999, República Dominicana)

Amanheceu no caminho
sem que ninguém a velara,
só, sob as velas do céu,
que até seus olhos baixavam.

Estavam brancos seus dentes
(que sempre brancos estavam).
Que inofensivo era o dia
quando em seus dentes brilhava!

Ontem, jogaram-na à cova;
ficou de cara pra cima.
E dorme tal como quando
diante dos homens vivia!

Cavalgando o Vento - O Esqueleto (2012): Caveira e cachorrinho ingrato.

Sombra
(Mauricio Gómez Mayorga, nem nasceu nem morreu de acordo com o Google?!, México)

Sombra sobre
o ferro, dura.
Sombra sobre
o muro, quieta.

Sombra sobre
o ermo, sozinha,
e sombra sobre
a alma, amarga.

Ciro y Los PersasInsisto (2011): 
Receita
(Roberto Fernández Iglesias, 1941, Panamá)

Para escrever um poema
se necessita
a ausência de receitas
e o receituário completo.

Logo
queimá-lo todo
aplicando todo o calor
sem calcinar a mistura

A qualidade do produto
pode pertencer ao acaso
e à habilidade
do artífice ou à sua imperícia

Enfim
a gente se lança ao abismo
e para chegar à poesia
nunca leves pára-quedas.

Siba Ariana (2012):

O Canto
(Eugenio Florit, 1903-1999, Cuba)

Para que toda esta miséria alce uma noite o vôo, mais alta do que a Lua.
Para que o tanquezinho adormecido cresça em rumor de catarata.
Para que ao grão de poeira chegue a luz irisada que viaja no vento.
Para que o vento triste remova o fundo escuro das florestas.
Para que a ave com frio cruze, já livre, as manhãs.
Para que saibamos um dia qual é a cor dos sonhos.
Para que não fique o tremor na mão, e o medo não sele a boca.
Para que ao erguer a fronte suportemos a mirada do céu.
Para que o pé marche firme sobre recordações murchas de angústia.
Para que tu não me digas que estás bem longe da minha rota esperança.
Para que eu possa exclamar, com a voz nas nuvens, que te amo.
Para que tudo isto suceda uma tarde, com sol, com pombas, e com brisas, eu canto.


Jaime Sin Tierra Inquieto (2006): 

P.S.: Com aquela ajudona Ventosa do Aurélio Buarque de Holanda (1910 -1989) e seu “Grandes Vozes Líricas Hispano-Americanas” (1990).

sexta-feira, 5 de julho de 2013

As aventuras de Raul Seixas nos Protestos de Junho

J. Borges, A briga dos dragões, s/d
  
            Tenho vários amigos espíritas e umbandistas. Um deles, por coincidência, fã de Raul Seixas (1945-1989). E foi numa terreira de umbanda que o meu amigo, de tão discreto prefere não se identificar, recebeu o espírito de Raulzito: o Maluco Beleza, a Mosca na Sopa, a Metamorfose Ambulante. Acompanhado da trombeta de um anjo também autor de livros de cordel, Raul deixou o seguinte recado sobre os Protestos de Junho:

Tá rebocado meu cumpadi
Como os donos do Brasil se assustaram
A água já bate na bunda
E as engrenagens quase pararam

Mas o Monstro Sist anda retado
Doido pra ir nos engolindo
E sempre que o protesto dorme de touca
Ele fatura em cima do inimigo

A arapuca segue armada
E não adianta dela tentar escapar
Como em todo buraco de rato
Com rato você tem que transar

Bulindo desse jeito com o planeta
O planeta como um cachorro todos o veem
Se ele já não guenta mais os gatunos
Caça eles sem nhenhenhém

Pena que hoje não se sabe
De que lado estão certas ideologias
Se na Direita ou na Esquerda
Como em meu tempo procedia

Mas vocês que são vivos pra cachorro
No que tão longe tão perto
Se não estiverem com Deus, meus filhos
De Karl Marx estarão mais certos

A política é coisa tão complicada
Que anda frágil como um computador
Se uma criança pedir voto
Com um só palito compra o eleitor

Tem povo que passa a História inteira
Travando a inútil luta com os galhos
Sem saber que é lá no tronco
Que se esconde o coringa do baralho

Quando encontrarem Ouro de Tolo
Uns imbecis se darão por satisfeitos
Mas eles só vão servir de pretexto
Pra outros não fazerem direito

Acredite que os Protestos têm tudo a ver
Com a linha evolutiva da História Popular Brasileira
E fulano que discorda disso
É porque nunca saiu da cadeira

Nós já passamos por todo tipo de governo
Colônia, Império e Ditadura
Em 500 anos de história
Só agora que a Democracia perdura

Grã-Fino e Zé Ninguém
Sempre foram tudo homem
Mas pra aprender a luta de classes
Tem que transar com Deus e com lobisomem

PLAP As aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor (2004): 

Sigma 7Por mais que eu tente esquecer (2012): O Hard Rock do Vale do Gravataí!!!

Made in BrazilAquarela do Brasil (1987): Osvaldo Vecchione, Cornelius e Cia revisitando Ary Barroso.


O Peso – Boca Loca (1975): Hard Rock em busca do tempo perdido.

Casa das MáquinasCasa de Rock (1974): É o rock de casa da Casa.

Joelho de PorcoRJ City (1978): 

P.S.: Colaboração do cantor Marcos Delfino, vocalista da banda Sigma 7, na trilha sonora Hard Rock!!!