quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Grupo de Teatro A Milhão: A História do Bugio na Selva de Pedra


Este é o grupo de Teatro A Milhão
E este foi o espetáculo:
"A HISTÓRIA DO BUGIO NA SELVA DE PEDRA"

(Roteiro, direção e trilha sonora do Inventor do Vento, C. A. Albani da Silva)

Cliques da fotógrafa Andréa Seligman
No 19º FESTIL (Festival de Teatro Estudantil, SESC Gravataí/RS)

Troféu Destaque Trilha Sonora Ao Vivo!

Mas outros troféus mais importantes vieram também:
1) Viver dois meses mergulhados na aventura do TEATRO
2) Experimentar o cooperativismo na prática
3) Leitura pra dedéu
4) Estudo das Ciências Humanas de forma lúdica (regionalismo gaúcho, êxodo rural, modernização, conflitos sociais)
5) Fazer rir, fazer emocionar, fazer pensar a todas as idades
6) Resolver democraticamente, de forma pacífica, portanto, os dilemas do grupo
7) Vuuuuush!












































terça-feira, 30 de outubro de 2018

SOBRE HERÓIS & LÍDERES



SOBRE HERÓIS & LÍDERES
(c. a. albani da silva, o inventor do vento)

1. “Revolução, revolta ou um simples protesto precisam de líderes fortes. Acaba-se com o antigo regime - o governante corrupto, o rei já sem poder; mas acaba-se também com os “niveladores” e “escavadores” que propõem redistribuir a riqueza, mas pouco fazendo para isso, restritos a discursos ou ao enriquecimento pessoal. Ao menos foi assim na minha República, entre 1649 e 1660, na Inglaterra. Tudo começou quando o rei Carlos I quis enfiar goela abaixo o anglicanismo em terras escocesas e presbiterianas. E eu fui o líder forte, o Lorde Protetor, vindo do Exército a derrubar os conservadores, a eliminar os igualitários”.
(E-mail enviado por Oliver Cromwell a Luís XIV, então criança, em 1650, mas já querendo mandar)

2. “Os motivos para uma revolta generalizada podem ser muitos: a falta de diálogo; o excesso de diálogo; a fome e a seca; a falta de liberdade; o excesso de liberdade; o desemprego e a inflação; mentiras repetidas que viram verdades; verdades que de tão distorcidas voltam a ser translúcidas até ao mais cego dos mortais; mulheres e livros; mas, sobretudo, a revolta parte de uma ideia ou sentimento de que 'morrer não é nada; não viver é que é horrível'”!
(No tuítter de Jean Valjean com dedicatória ao miserável Vitor Hugo em 1862)

3. “O que faz um líder? Lidera, oras. Mas como se lidera? De preferência protagonizando ações a partir do que se conhece bem – como eu: filho e neto de marinheiros, naveguei mares e rios da Europa e da América do Sul em nome de boas causas. Assim como, um líder começa liderando seus amigos mais próximos - aqueles que comungam dos mesmos ideais ou apertos: em meu caso, as ideias republicanas de Giuseppe Mazzini e o exílio político no Brasil em 1836. Mas acima de tudo, um líder não pode ser apenas um guerreiro. Vejamos o caso de Davi Canabarro, na Guerra dos Farrapos, que foi talentoso em combate, mas arrogante e autoritário na paz após a conquista de Laguna durante a República Juliana de 1839. Mas como dizia, a principal virtude de um herói, ou melhor, líder (estou tentando ser modesto!), é não perder a esperança! Quando meu lanchão, Seival, naufragou na barra do rio Araranguá, na expedição a Santa Catarina, com os farroupilhas, perdi meus maiores parceiros, brilhantes corsários: Carniglia, Starderini, Mutru – morreram todos afogados. Perdi também a guerra, já que em Imbituba os farrapos foram expulsos da província sitiada e voltaram ao Rio Grande do Sul pra continuar sua luta regional, igualmente fracassada, contra o Império brasileiro. Mas eu, particularmente, saí vitorioso de tudo isso: ganhei uma bela morena catarininha - Ana Maria de Jesus Ribeiro, minha Anita Garibaldi. Viveu tão pouco, a morena, mas tão intensamente... Lutando ao meu lado... Me amando... Não me considere um individualista a pensar só em meu umbigo por causa do amor! Entenda minha situação: já que dediquei minha vida a lutar pela liberdade dos povos, por governos republicanos, nada mais justo do que a busca e a conquista da felicidade pessoal. Um direito essencialmente moderno e que deve ser garantido pelo Estado laico e democrático que ajudei a inventar.
(Escrito nas areias de Marselha por um Garibaldi já meio caduco aos 75 anos de idade em 1882)

4. “O Garibaldi sempre foi um exagerado”.
(Whatsapp enviado em 2013 por Anita ao Albani após um cruzeiro pelo Mediterrâneo com a amiga Angelina Jolie que a interpreta no longa “Dois Mundos, Uma Heroína”)

5. “Para quem defende a ordem, a desordem sempre pode ser útil. O espírito carnavalesco, a anarquia cômica, o burlesco são coisas que podem reforçar o senso comum e costumam agradar às massas, acalmando-as mais até do que a porrada e o medo. Tinha isso em mente quando criei meu espetáculo sobre o “Velho Oeste Selvagem” em 1883 – renovava então a estética circense com suas acrobacias (utilizando-me de cavaleiros e pistoleiros) assim como valendo-me de excentricidades para cativar o público: mulheres masculinizadas como Jane Calamidade; árabes, cossacos e mongóis; e índios americanos como você, Touro Sentado – diga-se de passagem você nunca viveu tão bem quanto nos anos de Wild West Show: longe das guerras por terra contra o General Custer e sua cavalaria, como lá em Little Big Horn, ou melhor ainda do que agora nesta seita mística que entrastes e que prega o extermínio do homem branco pelo próprio Cristo que voltará só não se sabe quando. Essas paranoias místicas ainda serão o seu fim, Touro Sentado! Enquanto você busca a salvação, índio velho, eu colho os louros de ser o precursor dos programas debochados ou sensacionalistas de auditório – que depois foram parar na TV: do Chacrinha ao Ratinho chegando ao Pânico. Sendo assim, líderes de verdade na história atual somente os empresários, os empreendedores, que enriquecem e sabem ganhar no jogo da vida”.
(Mensagem telepática enviada por Buffalo Bill a Touro Sentado depois que este mugiu e levantou em 1890)



sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Qual o MENOR brasileiro de todos os tempos?


Qual o MENOR brasileiro de todos os tempos?
(c. a. albani da silva, o inventor do vento)

Tenho um amigo dono de canal de televisão. Nunca cantei lá. Sabe como é, meu amigo não gosta de parecer que está privilegiando os conhecidos. Acredita na meritocracia. Mesmo assim, sabendo-me especialista em História do Brasil, esse meu amigo rico me perguntou em 2012: “Quem é o MAIOR brasileiro de todos os tempos”?. Eu disse: “O maior é coisa muito grande que não cabe em lugar nenhum. Comece pelo MENOR brasileiro de todos os tempos”. Ele me agradeceu e, claro, não me ouviu. Depois disso eu fui pra casa dormir. Estranhos sonhos me atacaram àquela noite. Fantasmas vieram e se candidataram ao posto. A urna era de papel inclusive.

CAPITÃO NASCIMENTO (?) – Sou um “herói” do cinema brasileiro, torturador e pistoleiro, integrante da polícia militar carioca. Protagonista dos filmes “Tropa de Elite” 1 & 2 (2007 e 2010, respectivamente, Dir.: José Padilha), eu, Capitão Roberto Nascimento, virei astro pop ao atuar na segurança pública do Brasil agindo tal qual os criminosos. Soldado profissional, mas pai e marido amador, virei Sub-Secretário de Inteligência no RJ. Como um bom moço, ingênuo e logrado, percebi que era fantoche de políticos pilantras.

DITADORES MILITARES – Como uma espécie de Hidra de 5 Cabeças (nem um pouco rara na fauna da América Latina), protagonizamos o Regime Militar brasileiro (1964 a 1985). Fomos presidentes generais, eleitos pelos próprios colegas militares na seguinte hierarquia (pilar virtuoso para uma Nação Ordenada e Desenvolvida): 1) Humberto de Alencar Castelo Branco (1897-1967); 2) Artur da Costa e Silva (1899-1969); 3) Emílio Garrastazu Médici (1905-1985); 4) Ernesto Geisel (1907-1996); 5) João Batista Figueiredo (1918-1999). Censura, perseguições e torturas contra a oposição política; centenas de mortos e desaparecidos; industrialização dependente da tecnologia e do dinheiro de empresas estrangeiras; êxodo rural gigante; destruição do primeiro período democrático brasileiro (1946 a 1964); crise da dívida externa; eis alguns trunfos nossos - Hidra verde-oliva que viveu 21 anos. Tinha corrupção? Fale de novo e você perde a língua.

DOMINGOS JORGE VELHO (? – 1703): Fui Bandeirante. Procurei ouro nos sertões. Caçador de índios e protagonista da destruição do Quilombo dos Palmares em 1695. Matei Zumbi. Levei a cabeça dele para Recife com André Furtado de Mendonça. Um absurdo esse negócio de não aceitar a escravidão. Sem ela não haveria açúcar, ouro, café, algodão, tabaco, no mundo moderno.

EU (!) – Levanto na matina. Pego ônibus lotado. Sou trabalhador assalariado. Gremista. Casei há 5 anos. Tenho duas amantes. Pai. Mas só de vez em quando. Fazer filho é melhor que educar. Pago 1352 impostos. Só sei o nome de 2. Mas quem sofre mesmo é o empresário. Tadinho: tanta burocracia. Sou Católico não-praticante. Não. Mais ou menos Espírita. Não. Evangélico total. Não. Umbandista. Cruzes. Isso era segredo. Sei lá. Político é tudo ladrão. Voto nulo. Gosto de novela. De cerveja. Sou gremista. Ah! Já disse. Não gosto de cemitério. Tenho medo. Mas não conte a ninguém. Conte que gosto de loura. Furo fila e olho o pinto dos outros no banheiro do shopping. Vou trabalhar na Copa. Só não sei se do bar ou do Mundo. Morri aos 27 com uma bala perdida. Não. Nada. Num racha de carro na Avenida Dorival. Amo carros. Creio na vida eterna. E em Deus. E no revólver raspado que comprei. Gooooool. Dou tiros pro céu ganhando Grenal. Só pra isso uso a arma. Amanhã pagaria a prestação 3458 do meu Fiat Uno. Começaria cursinho de Inglês e Informática. Fazer o quê. Morri. Ou melhor. Me mataram. Não tinha soro, nem seringa, nem agulha, nem esparadrapo, nem enfermeira, nem médico no Hospital público. O médico só queria atender no seu escritório particular. O consultório particular eu não tinha renda pra entrar. Sou favorável a privatizar os hospitais mesmo assim. O meu vizinho baixou com um problema igual ao meu e o Hospital público o salvou. Não me sinto sozinho. Mas quando me sinto procuro mulher em cabaré (ou na internet), não conseguindo vou ao padre ao pastor. Ler não leio. Finjo ler a Bíblia. Mas é muito grande. Minha mãe me disse que quem lê enlouquece.

FRODO BOLSEIRO (2968 da 3ª Era do Sol - ?) – Sou um Hobbit, portanto não passo de um metro de altura. Moro na Terra Média. Meu tio foi outro famoso baixinho, Bilbo. Meu pai era inglês, J.R.R. Tolkien (1892-1973) - escrevia livros. Se sou brasileiro? Bem, meu pai sempre me ensinou que a ficção não tem pátria. Vote em mim! Afinal, o Anel de Sauron me dá poder, deixando-me muito malvado ou, no mínimo, atormentado. Além disso, brasileiro, desde 15oo, gosta mesmo é de coisa do estrangeiro.

PEDRO ÁLVARES CABRAL (1467-1520)– Falando em 1500 e no Brasil Colônia… Chamava-me então Pedro Álvares de Gouveia quando, em nome d´El-Rei Dom Manoel, comandei a esquadra que oficializou o controle português das terras brasileiras, em 22/04 de 1500. Andei pela Índia e, após a morte de meu irmão mais velho, herdei o sobrenome do pai – Cabral. Corrigi alguns erros de português na carta do Caminha, ainda que o meu forte fosse mesmo a Matemática. Chorei ao ver o grande Bartolomeu Dias morrer no mar. Morrer no mar não é doce, não! Enganaram-se os pescadores, os poetas e a música do Dorival Caymmi.

PC FARIAS (1945-1996): Paulo César Farias. Fui tesoureiro da campanha vitoriosa de Fernando Collor de Mello (1949) nas eleições para Presidente de 1989. A primeira eleição com voto direto popular desde 1960 pra Presidente! Só porque me desentendi com o irmão do Collor, com a Veja e com a Grobo me acusaram de chefiar um enorme esquema de corrupção. Ora, sem o dinheiro arrecadado na campanha, Collor não teria desbancado o metalúrgico Lula (1945) naquele pleito de 89. Segurei o monstro operário por mais de 10 anos. São ingratos esses burgueses, não?

ROBERTO COR-de-MARINHO (1904-2003): Jornalista e empresário. Fundei um Império Grobal. Defendi a Hidra de 5 Cabeças nos editoriais do meu tabloide. Ora, recebi deles a licença pra inaugurar minha rede televisiva. Rede esta que ajuda a formar o imaginário popular brasileiro há meio século. Virei imortal da Academia de Letras, por isso.

ZÉ PEQUENO (?): Perdeu preibói se me chamá de Dadinhu! Tipu nóis semu confirmadu aqui na CDD nóis é que manda metê bala nos homi e nóis trafica e paga arrego prus colega do Capitão Nascimento mais nóis é que nem o Nascimento pobre e sanguinário. Vota em mim se não tu acorda furado maguinata! Sarve sarve, Paulo Lins (1958).

[...]

Acordei suado pra dedéu. Do meu lado, mas já sentados na cama, os amigos LIMA BARRETO e o Major POLICARPO QUARESMA me acolhiam com estas palavras de 1911:
Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora, que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condecorava? Matando-o. E o que não deixava de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara – todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara; ele não experimentara”.
Vuuuuush
P.S.: Arte por Otto Dix, Rua de Praga, 1929.



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Não há atalhos na MODERNIDADE


Não há atalhos na MODERNIDADE
*Um desabafo imaginário com o professor Fernando Haddad e com os escritores Graciliano Ramos (fantasma) e Silviano Santiago (intérprete do fantasma), no Dia das Professoras (15.10.2018), Brasil.

Aqui
Bem no DIA das PROFESSORAS
Procurando aprender 
Um pouquinho mais
Com o PROFESSOR HADDAD
Sobre CIÊNCIA POLÍTICA
(E com Graciliano Ramos, desde 1981 um fantasma)
[A visitar os sonhos do escritor Silviano Santiago
Durante a escrita de seu livo:
Em Liberdade]
Em um país gigante
Encravado na periferia do capitalismo global
Por causa da colonização moderna
Que nos fez
Agroexportadores de ponta, mas fracos
Em tecnologia
Que nos fez
Escravocratas até 130 anos atrás
Após mais de 350 anos de escravidão negra
Que manteve o LATIFÚNDIO
E a INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Por meio de diversas DITADURAS
Na Colônia, no Império,
Em 1889, em 1937, em 1964...
E que, nos últimos 30 anos
Viveu ainda mais intensas contradições
Mas que, desde a CONSTITUIÇÃO CIDADÃ de 1988
Inaugurou um ciclo de celebração da diversidade cultural
De tentativas de crescimento econômico
Com inclusão social e cidadania...
Daí veio a descoberta do PETRÓLEO PRÉ-SAL, em 2008
Que atiçou ainda mais a cobiça das máquinas de dinheiro
Do mundo moderno
E, de 2014 pra cá
Um transbordamento de RECALQUES
Das MASSAS URBANAS:
Trabalhador se achando empresário
Empresário se achando senhor de escravos
Pobre se achando classe média
Pistoleiro se achando super-herói
Barbado se achando adolescente
E fazendo arminha com as mãos:
Acreditando, por INGENUIDADE
Ou por TRUCULÊNCIA, mesmo
Que gritos de guerra, bangue bangue, virilidade
Ou bibliadas contra a fé alheia
Num comportamento de torcida de futebol (alcoolizada)
Resolvam, num canetaço, numa bravata
Ou tipo que nem PÓ de PIRLIMPIMPIM
Magicamente
O que foi causado justamente por
500 anos de cobiça capitalista atrás de lucros
Violência e machismo por dentro das famílias
Intolerância religiosa nas ruas e nas igrejas
Escravidão de índios e negros
Pessimismo e desesperança no lugar do AMOR
Que, no MUNDO MODERNO, nada mais é que:
LIBERDADE
(de fé, de pensamento, de afeto)
IGUALDADE
(trabalho digno, redução da miséria e da ostentação)
FRATERNIDADE
(diálogo, paz para resolver desentendimentos, educação pública).
------------
Há UTOPIA e esperança na humanidade
(mesmo em um mundo confuso, contraditório e conflituoso)
Ou há DISTOPIA e força bruta
(simplificando, banalizando a impaciência)
Só não há atalhos na MODERNIDADE.
Vuuuuush




Elogio do Aprendizado: Aprender sempre é que é o tri


O tri da coisa é continuar aprendendo sempre!
Às educadoras brasileiras!
Vuuuush

Elogio do Aprendizado
(Bertolt Brecht & Inventor do Vento)

Aprenda o mais simples!
Para aqueles cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas aprenda!
Não desanime! Comece! É preciso saber mais!

Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher!
Aprenda, na cozinha!
Aprenda, ancião!
É que você tem que assumir o comando:
Do seu corpo, seu trabalho
Sua consciência, do seu coração
De qualquer tentativa de salvação!

Frequente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio (todo mundo sente)!
Você que tem fome, agarre o livro: é a única arma!
É que você tem que assumir o comando:
Do seu corpo, seu trabalho
Sua consciência, da sua voz, seu coração
De qualquer promessa de revolução!

Não se envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixe convencer!
Veja com os teus próprios olhos!
O que não sabe por conta própria, nunca vai saber.
Verifique a conta É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte: o que é isso? Pergunte: o que é isso?
É que você tem que assumir o comando:
Do seu corpo, seu trabalho
Sua consciência, Sua voz, Do seu coração
Lembrar sempre que ninguém é maior que ninguém







sexta-feira, 12 de outubro de 2018

CRIANÇA GRANDE


A todos adultos pequenos...
A todas crianças grandes!
Feliz Dia das Crianças!

Livremente inspirada em John Lennon:
CRIANÇA GRANDE (Versão Cavalgando o Vento para “Beautiful Boy”, 1980)
Feche os teus olhos
Não sinta mais medo
O monstro se foi embora correndo
E a gente segue por aqui
Linda, bonita, bela, criança grande (2x)
Antes de ir deitar
Faça uma oraçãozinha
Todos os dias, de mil maneiras
Tudo, tudo, só vai melhorar
Linda, bonita, bela, criança grande (2x)
Nesse mar navegando
Mal posso esperar
Em te ver crescer
Mas temos que ser pacientes
Porque o caminho é comprido em frente
Temos que remar
Para adiante chegar
E por enquanto
Antes de ir deitar
Faça uma oraçãozinha
Todos os dias, de mil maneiras
Tudo, tudo, só vai melhorar
Linda, bonita, bela, criança grande (2x)
Olhe pros lados
Ao cruzar uma rua
A vida é o que acontece com a gente
Enquanto a gente pensa na vida


quarta-feira, 10 de outubro de 2018

MINHA LISTA PESSOAL DE CUIDADOS POLÍTICOS

MINHA LISTA PESSOAL DE CUIDADOS POLÍTICOS
(c. a. albani da silva, o inventor do vento)
1) Cuido, para que, na ânsia de querer mudar o mundo, eu não reproduza o discurso do bandido que diz: inimigo é inimigo morto;
2) Cuido, ao falar sobre moral e bons costumes, para não esquecer de levantar as calças;
3) Cuido para não demonstrar que sei tudo sobre Deus, Jesus e a Bíblia mas que pouco sei sobre a felicidade, as tristezas, sofrimentos e amores dos que me rodeiam;
4) Cuido para não adorar ao grande deus do mundo moderno: o dinheiro e seus santos: as máquinas (carros, armas, telefones) em seus altares prediletos: grandes lojas e bancos;
5) Cuido, para lembrar, quando ponho a cabeça no travesseiro que, muitas vezes, a corrupção pode ser uma fumaça usada para encobrir o drama fundamental da modernidade que é a utopia/esperança da liberdade, igualdade e fraternidade;
6) Cuido, pra lembrar, que o patriotismo não é torcida de futebol;
7) Cuido para não deixar que meu pessimismo considere que vivo no pior país do mundo, que todos não prestam e uns só querem ferrar com os outros;
8) Cuido para que, apenas por ser hétero, não aja só com a cabeça de baixo e, por isso, tento, desenvolver mais e melhor a cabeça de cima;
9) Cuido para lembrar que, a escravidão, acabou há apenas 130 anos no Brasil e que durou 350 anos;
10) Cuido para lembrar sempre que, na ânsia de mudar o mundo, muitos revolucionários foram autoritários (na França, na Rússia, na China, em Cuba), mas ainda mais grosseiros e truculentos foram os contrarrevolucionários (nazifascistas das guerras mundiais);
11) Cuido para não esquecer que por causa desses horrores a humanidade redigiu seu livro mais importante até aqui: A Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948;
12) Onde a revolução é melhor ser buscada através da paz;
13) Cuido para não me fazer de vítima quando tenho problemas, muito menos oprimir os outros (em nome da liberdade) com minhas crenças pessoais (músicas e livros);
14) Cuido, como autor e historiador, para desembaralhar racionalmente e criativamente as verdades, ficções e mentiras que formam nossas vidas todo o dia;
15) Cuido para não virar cidadão virtual no século XXI e viver em bolhas que sequer são de sabão.
Vuuuuush.
Arte por Gérard Dubois, Tunney x Dempsey, s/d

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

MILTON SANTOS (1926-2001)


Milton Santos (1926-2001) foi 
Um dos maiores geógrafos
Do mundo
Partiu do Brasil
E da sua negritude
Pra pensar a
Globalização capitalista
Fala, Milton!
Que a gente te ouve
Apesar do barulho louco na
Selva de Pedra.
Vuuuuush