sábado, 30 de agosto de 2014

Dose letal de amor

Jean-Honoré Fragonard, O balanço, 1767


Dose letal de amor

Beibe, me dê
uma dose letal de amor
Chega de chorar por um tempo
que já passou

Você sabe bem
eu te amo demais
Não importa o que falam sobre você
sobre nós

Lembra quando a gente sonhava?
Sonhos que podemos ter!
Lembra quando a gente voava?
Somos quem quisermos ser!

Meu bem, veja bem
Veja quem, pense bem

Não há mais ninguém

Entre nós e o infinito
só restou o próximo trem

Beibe, me dê
uma dose letal de amor
Chega de chorar por um tempo
que já passou

Você sabe bem
eu te amo demais
Não importa o que falam sobre você
sobre nós

(Quarta faixa do seminal, futuramente premiado, passadamente atual, disco “Barata Atômica & Formiga Nuclear”, lançado na Terra nos finalmentes de 2004 e nos começamentos de outras boas e más coisas).

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Pra depois de amanhã

Vidente Xalalá, Selfie Com Bola de Cristal, 1867


            Esta é a terceira faixa do álbum infinítico-estreloso “Barata Atômica & Formiga Nuclear” lançado em 2004 e que receberá o Prêmio Açorianos de Porto Alegre/Terra na categoria “Tesouro Arqueológico” no ano de 2061.


Pra depois de amanhã
Oh! Baby
Me perdoe se eu errei
Você sabe que a gente tenta
A gente inventa

Oh! Baby
Você não sabe mais que
Quanto mais eu aprendo
Mais pareço incapaz

Oh! Baby
´Cê nunca imaginou que
As coisas iam mudar
De uma hora pra outra

Mas! Baby
A vida é assim
E quando a gente se dá conta
Ela já ta no fim

Você queria saber
Se eu estava certo
Quando lhe falei que o mundo está correto
Você queria saber
O que vai acontecer quando o dia raiar
Depois de amanhã

Oh! Baby
Você se enganou julgando que
Só suas palavras
É que tinham valor

Oh! Baby
Você tem que entender que
Todo mundo é livre
Pra ser o que bem querer

Você queria saber
Se eu estava certo
Quando lhe falei que o mundo está correto
Você queria saber
O que vai acontecer quando o dia raiar
Depois de amanhã

Oh! Baby
Não deixe pra depois
O que você pode resolver
Agora

Mas! Baby
Você enlouqueceu
E eu acho tão estranha
Essa coisa chamada amor

Você queria saber
Se eu estava certo
Quando lhe falei que o mundo está correto
Você queria saber
O que vai acontecer quando o dia raiar
Depois de amanhã

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Barata Atômica & Formiga Nuclear - Parte II

Henri Cartier-Bresson, O beijo, 1968

            
     Faixa 2 do álbum plurigalático "Barata Atômica & Formiga Nuclear" lançado em dezembro de 2004 na Terra pela dupla cósmico-caipira.

O amor é tão bom
Vamos ouvir um Roberto
Chegar mais perto
Se sintonizar
Vamos ouvir a vitrola
Falar sobre Angola e Gibraltar
Vamos tomar um sorvete
Comer uns churros e se olhar
Depois pegar um cinema e ver o Charles Bronson lutar

Ah! O amor é tão bom
Meu bem você é o amor
Ah! O amor é tão legal
E nós formamos um belo casal

Depois de alguns meses eu peço a tua mão
Para noivar
Você se faz de tola mas em pouco tempo
A aliança vai selar
O nosso noivado tão lindo
Cheio de amor e luar

Ah! O amor é tão bom
Meu bem você é o amor
Ah! O amor é tão legal
E nós formamos um belo casal

Depois que eu arrumar um emprego
Ajunto uma grana prum terreno quitar
Vamos morar um tempinho na casa da sua mãe
Até a poeira baixar
Depois que eu tirar o seu "lacre" você engravida e vamos ter de casar
Mas não se preocupe, meu bem, você vai ter neném...
Se for guri é Marcelo
E guria: Hélen

Ah! O amor é tão bom
Meu bem você é o amor
Ah! O amor é tão legal
E nós formamos um belo casal

Uhu! Uhu! Uhu! Uhu!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Barata Atômica & Formiga Nuclear

Sons do Espaço Profundo, Ba & Fn, 2004
         

Faixa 1 do álbum interestelar “Barata Atômica & Formiga Nuclear” lançado em dezembro de 2004 na Terra pela dupla cósmico-caipira.

São sons do espaço profundo” escreveu o crítico musical e astrônomo Edwin Hubble Netto sobre o disco para a revista “Areias de Marte” e acrescentou “Uma obra de arte para a paz na galáxia”.


Jesus e o Disco Voador
Jesus e o Disco Voador
Tão legal
Na cabeça
Do animal

Tive um sonho esta noite
Quase real
Sonhei que estava viajando
Pelo espaço sideral
Ao longe eu via as estrelas
Ao lado eu via você
Voávamos num cometa
E atrás um comício do PT

Tive um sonho nesta noite quase real
Sonhei que uma tartaruga levava nosso mundo atual
No casco ia o planeta
Ao lado ia você
Tomando uma cerveja
Vendo a guerra que passava na TV

Tive um sonho nesta noite quase real
Sonhei que uma tartaruga levava nosso mundo atual
No casco ia o planeta
Ao lado ia você
Tomando uma cerveja
Vendo o Grêmio que jogava na TV

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

As baixas do mês de julho no front literário

Francisco de Goya, Saturno devorando um filho, 1819 a 1823
           
           No mês de julho, três craques da literatura brasileira, e um da política!, deixaram de ler, para sempre, o blogue do CoV.
           Mas antes de partir, eles mandaram mensagens pro Vento...

É como aquela velha história de que cachorro gosta só de osso. Ofereça um filé ao cão para ver o que ele irá preferir. Ao povo, não tem se dado o direito de entrar em contato com o filé”.
Ariano Suassuna, 1927 a 2014

Amar é ter um pássaro pousado no dedo. Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que, a qualquer momento, ele pode voar”.
Rubem Alves, 1933 a 2014


Não que parece um ano; parece um dia, que o ano passa depressa, mas o dia passa devagar”.
Sargento Getúlio, ou melhor, João Ubaldo Ribeiro, 1941 a 2014


O que perdemos por nos desinteressar da política e o que ganhamos procurando entendê-la”?
Plínio de Arruda Sampaio, 1930 a 2014

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Somos todos mesmo, um poquito, “bad boys de nhu-porã”...


E precisamos muito mesmo se apropriar do legado dos quatro pensadores acima para inducar, em casa, nas escolas, os pimpolhos do século XXI...