domingo, 16 de agosto de 2020

OMBRE DU BOIS


Em 2005, Charles Adrián-Rojo esteve em Paris e se meteu num triângulo amoroso com os poetas PIERRE LOUYS e BILITIS. Desta trinca saiu este som:

SOMBRA DO BOSQUE
Sombra do bosque / Onde ela devia vir / Diga-me / Onde está minha amada? / Ela desceu até a planície / Planície, onde está minha amada? / Ela seguiu pela beira do rio / Belo rio que a viu passar / Diga-me / Ela está por aí? / Ela me deixou pelo caminho / Caminho, tu a vê ainda? / Ela me deixou pela estrada / Oh estrada branca, estrada da cidade / Diga-me / Pra onde tu a conduziu? / Até a rua dourada que entra em Sardes / Oh rua de luz, tocas-tu seus pés descalços? / Ela entrou no palácio do rei / Oh palácio, maravilha da terra / Devolva-me! / Olha, ela tem colares sobre os seios / E franja no cabelo / Cem pérolas pelas pernas / Dois braços cingem sua cintura.
Vuuuush Gravada no Laboratório de Sons do Vento, Agosto de 2020 Filmografia por Jujuba Negreiros cavalgandoovento.blogspot.com.br
@cavalgando_o_vento

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

ESPACIO (Juan Ramón Jiménez)

 


A coisa tá feia, meus amigos / Pandemia cada vez pior / Governo de merda / Desemprego solto! / Por isso CHARLES ADRIÁN-ROJO & CoV / Te convidam / Pra cantar e dançar / Males espantar / Com um poema de JUAN RAMÓN JIMÉNEZ (1881-1958) / Prêmio Nobel de 1956 / Porque grande mesmo / São as coisas breves e pequenas. / Vuuush / cavalgandoovento.blogspot.com.br / @cavalgando_o_vento

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

The Beatle e eu no Veranico


Me encontrei com um BEATLE esta semana
Demos uma banda de carro
Ele disse "I wanna hold your hand"
Eu disse "Já é"
Viajamos noutro veranico sulino.
Vuuush

domingo, 2 de agosto de 2020

CHARLES ADRIÁN-ROJO & CoV - Los Uruguayos


Com vontade de conhecer o Uruguay ou de matar a saudade, mas não dá pra viajar com essa pandemia tinhosa? É pra isso que CHARLES ADRIÁN-ROJO e o Cavalgando o Vento trazem pra ti a sua terceira parceria: LOS URUGUAYOS, escrita em Montevidéu, em 2017, e falando dos caracóis, artistas e gentes do grande-pequeno país vizinho. É o poder do canto, da música e da poesia: viajar sem sair do lugar com o passaporte da imaginação. Vuuush

sábado, 1 de agosto de 2020

Dulce de Leche News entrevista Charles Adrián-Rojo


Pra vocês, a tradução da entrevista exclusiva com CHARLES ADRIÁN-ROJO, a maior voz da música em castelhano no século XXI, feita pelo jornal uruguayo DULCE DE LECHE NEWS – Solo la buena noticia.

DULCE DE LECHE NEWS – Olá, Charles, é um prazer tê-lo conosco nesta semana que você, em conjunto com o projeto Cavalgando o Vento, lança o single LOS URUGUAYOS, uma canção e clipe em homenagem a vários artistas e personagens históricos do Uruguay. Como foi essa parceria internacional?

CHARLES ADRIÁN-ROJO: Como diz meu irmão brasiliano Carlos Albani: Vuuush (risos)! Então, tudo começou lá em setembro de 2017, quando me encontrei soprando os ares com o doido do Albani, primeiro em Montevidéu, onde dançamos um tango, depois em Colônia do Sacramento e Punta del Este, onde batucamos o candombe, depois galopamos caracóis. O Albani queria mergulhar na poesia do Rio da Prata e eu queria aprender mais sobre a Independência do Brasil, era Sete de Setembro, mas acabamos fazendo outras coisas, como ir a um cassino oferecer esmolas aos apostadores (risos de novo). Por fim, concluímos que os artistas uruguayos são realmente brilhantes, mas a independência nacional não vale a independência da vida sem pátria, nem fronteiras, nem barreiras linguísticas, da imaginação humana.

DDLN – Por que os olhos não mentem?
CAR – Porque quando eu era muito pequeno, ainda uma mera partícula atômica dividida entre os germes de mamãe e papai, eu ouvi o Carlos Albani cantando, muito mal por sinal, aos gritos e aos berros, “Os Olhos Não Mentem”, com a banda Madame Satã, num carro de som em Gravataó, logo após terem sido roubados todos os instrumentos dos garotos da banda. Eu pirei! Na minha opinião, ouvia ali a mais marcante composição sobre estar sozinho no mundo e não trocar a sua alma por meras fumaças que outros fazem e chamamos paixão. Foi a primeira música que pensei em gravar nessa parceria com o Cavalgando o Vento, sem sombra nem eco de dúvidas.

DDLN – “Assombro” é uma canção que pensa em um mundo pós-pandemia onde o grande espanto será ler um livro, brindar uma cerveja, esquecer heróis, guerras e dinheiro. Você não acha isso muito romântico?
CAR – Se você entende romântico como o contrário de realismo (exaltado!), digo que essa letra do Inventor do Vento é que é puro realismo e que romantismo infantil e barato gugu dadá, tosco mesmo, é a bolsa de valores, a presidência da república, a gorda conta nos bancos das igrejas e os vendedores de placebos e da felicidade motivacional na TV ou na internet.

Dia 02 de Agosto é o lançamento mundial de LOS URUGUAYOS, prepare as orelhas!
Vuuush