quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

#16 ATÉ BREVE



PLAYLIST do LIVRO
CONTOS pra CANTAR do INVENTOR do VENTO

#16 ATÉ BREVE

Esta canção é
Sobre o primeiro amor
Aquele que não tem futuro
Muito menos passado.
*
Gravada em Março de 2012
Escrita em 2011.
**
Voz, violão, harmônica, letra e música: Inventor do Vento
Violão solo, vocais de apoio: Mick
Estúdio LACOS, Caxuxa/RS.
***
Recital do capítulo VIII – O amor é gostoso que nem pastel com ovo: uns se lambuzam enquanto outros passam fome na rodoviária

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

#15 COLAR



PLAYLIST do LIVRO
CONTOS pra CANTAR do INVENTOR do VENTO

#15 COLAR

Quem nunca teve um amor de verão?
E se não teve, corra pra praia e tenha
É bom!
Agora descarte as esperanças de ele subir a serra
Ou voltar pra cidade grande contigo
Descobri isso
Quando descobri que para o nosso coração
É impossível tomar banho de rio pelado
No forte do inverno
Ou seja
Autênticos amores de verão duram tanto quanto
Uma onda do mar
E nenhuma onda é igual à outra onda
Heráclito de Éfeso já tinha se ligado nisso
Quinhentos anos antes de Cristo
Vendo as ondas do Mar Mediterrâneo
E chamou isso de dialética.
*
No quase verão de 2013
Foi presenteado
(Por causa do lançamento do CD do CoV)
Pela Profa. Nara Liége de Oliveira
Com uma linda arte inspirada na canção “Colar”
De súbito a inspiração me arrebatou também
Nascia ali o livro
A MENINA DO COLAR E A GIRAFA ELÉTRICA
Escrito em 2014
Autopublicado em 2017
Acrescentei uma Girafa Elétrica
Para ser a melhor amiga da Menina
Na Praia de Baunilha
Uma personagem é meiga e lírica
Outra é espevitada e doida de pedra
Bolei 44 causinhos poéticos
Desenhados pelo traço didático
Quase oriental de Nara
Captando em visual
O que tentei pôr em palavras, pois:
A vida está em algum ponto entre
O Lírico e o
Absurdo”.
Vuuuush


segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A Arma de Jana (Janie´s Got a Gun)



A ARMA DE JANA
(Versão de Carlos Albani e Alex Albani
para Janie´s Got a Gun [Tyler/Hamilton] do Aerosmith)

Dum dum dum
Guria, o que é que você fez?
Ouvi um revólver disparando outra vez
Dum dum dum
Guria, o que é que você fez?
Ouvi um revólver disparando…

Ela agarrou uma arma e disparou
Ela agarrou uma arma e disparou
Seu mundo inteiro desabou
Olhou pra luz do sol e ela cegou

Toda a culpa seria de seu pai?
Qual o tamanho do mal que a gente faz?
Quando prenderam a guria
O pai dela já não existia
Será que ele fez por merecer?
Uma arma em casa ter
E nada mais foi como era!

Ela agarrou uma arma e disparou
Ela agarrou uma arma e disparou
Sua vida de cão apenas começou
E ainda mais sozinha ela ficou

Bom seria se nada disso fosse verdade
Até na família da gente existe insanidade
Ele abusou da criança
Um homem infeliz acabou com a infância
O feitiço que ele pegou
A pior tempestade ensinou que
Um dia também chega a calmaria

Fuja, fuja da agonia

Ela agarrou uma arma e disparou
Ela agarrou uma arma e disparou
Sua vida de cão apenas começou
E ainda mais sozinha ela ficou

Toda a culpa seria de seu pai?
Aquela dívida já não existe mais
A justiça com as próprias mãos
Não acaba com a opressão
Será que só a vítima enxergava que
O “bom” sujeito não prestava?
Quando é que essa história acaba?

Fuja, fuja da agonia
Não há fuga
(Lab de Sons do Vento, Praia de Baunilha, 19.01.2019)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

#14 OS NOIVOS



PLAYLIST DO LIVRO
CONTOS PRA CANTAR DO INVENTOR DO VENTO
#14 OS NOIVOS

Os Noivos” foi escrita em 2014
Em um ensaio de Maio
Com as flautas mágicas do camarada Antonio Ramos
Que se alongou
Madrugada adentro
Na Biblioteca do Vento
Tínhamos, por aqueles dias
Apresentação no Museu Caldas Jr.
Em Sto. Antônio da Patrulha
E eu estava bolando também o repertório
Para um recital sobre o dia dos namorados:
O AMOR É GOSTOSO
QUE NEM PASTEL COM OVO
UNS SE LAMBUZAM ENQUANTO OUTROS
PASSAM FOME NA RODOVIÁRIA”
(Que viria a ser o capítulo VIII
(Do livro Contos Pra Cantar)
A ideia da música então era
Fazer uma canção FOLK PUNK SERTANEJA
Para o tradicional casamento na roça
Mas como assim?
FOLK = Um som acústico
PUNK = Com arranjo sem muita frescura
SERTANEJO = Inspiração na cultura popular brasileira
*
Bem legal também é que em 2016
Pude adaptar esta letrinha
Para uma esquete teatral
Representada dezena de vezes
Com um serelepe grupo de teatro estudantil
Da escola Nova Conquista
Desde a comunidade no Rincão da Madalena
Até o palco do Teatro do SESC de Gravataí/RS
Em que inspiramos muitas gargalhadas na plateia
Com o nosso casamento doidamente imprevisível
Culminando a aventura teatral
Com o troféu de melhor ator juvenil
No 17° FESTIL
Para o talentoso
E extremamente dedicado: Brayan Ramos
O protagonista da peça.
Vuuuuush
P.S.: Arte “O casamento” por Marc Chagall, 1910


segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

#13 REFRESCOS da ALMA


PLAYLIST DO LIVRO
CONTOS PRA CANTAR DO INVENTOR DO VENTO
#13 REFRESCOS da ALMA

Foi num dia de 2011:
À tarde, recebi uma jovem cantora
Para gravar um jingle político
No meu estúdio caseiro
Era um reggae e falava alguma coisa sobre
O conselho tutelar;
À noite, participei de uma roda de samba
Com serestas boêmias tipo Nelson Gonçalves
Dois músicos veteranos da cidade:
Um crooner elegante já branquejando as melenas
Um violonista de sete cordas e dez dedos ligeiros
Pensei então nessas ocasiões benfazejas
Que nos refrescam a alma!
Seriam os mesmos refrescos
Para personagens anônimos como nós
Ou ilustres personagens históricos
Teriam outros refrescos para suas almas?
A letra toda é metáfora
A resposta cabe a cada leitor e ouvinte inventar…
*
Em uma primeira tentativa
Toquei esta canção em ritmo samba torto
Que é como chamo
Minha incapacidade de tocar samba direito
Fracassando, apelei para o meu chão: rock
E meti um tchá cum dum no violão
Continuou a mesma porcaria!
Anos depois
Experimentando em meu laboratório
Baterias eletrônicas no tecladinho do Seu Fulê
Com som de trilha de videogame (16 bits!)
Consolidei duas partes com andamentos distintos
Daí foi um pulo para meu amigo
Alemão Cristiano
Entrar quebrando tudo com a sua bateria!
Vuuuuush
***
REFRESCOS DA ALMA

(c. a. albani da silva, o inventor do vento)

Não prometa a Pandora o que não se pode cumprir
Não menospreze a sabedoria daquele que não sabe ler
Nem Maomé, nem Jesus, nem Buda, nem Sócrates
Rabiscaram um bilhete só

Dia desses encontrei-me com a última das deusas
Astreia, a Virgem, cantou docemente para mim
Mandei-lhe presentes e um abraço apertado
Por sua mãe, a Justiça

Por muito pouco ela não entendeu a cabala
Mas se esqueceu dos burocratas de terno, gravata, sorriso e mala

Ela trouxe um prato de comida requentada
Para um Prometeu acorrentado

Não explique a Arjuna aquilo que nem você entende
Os tempos são duros, mas ainda podem piorar
Nem Conselheiro, nem Sepé, nem Zumbi, nem Prestes
Desistiram de causas perdidas

Noite dessas encontrei-me ouvindo velhas serestas
Nesta cidade bastam sete cordas para uma canção
Voar livre como um pássaro

Por muito pouco ele não perdeu a novela
E se lembrou que para cada meia-noite há uma Cinderela

Ele trouxe uma caixa de sapatos usada
Não cabiam muitas coisas, afinal,
ele não precisava 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

MILONGA MEIA-SOLA


O ano novo já trouxe música nova:

MILONGA MEIA-SOLA
(c. a. albani da silva, o inventor do vento)

Fiz uma milonga meia-sola
Para ver se ela cola
Nos pagos do Brasil

De dia ela é só dignidade
Canta a família brasileira
E o bom macho viril

À noite ela fica desvairada
Ofende as pessoas humilhadas
E rebola até o chão

Filma seus vexames moralistas
Se fazendo de artista
Causando sensação…

Lá no galpão do sapateiro
Onde a oficina esconde um puteiro
Propõe remendar
O meu sapato gasto e furado
Roto e todo esbodegado (esfarrapado)
Como o povo sempre está
*****
Participações:
Mick Oliveira: Acordes roqueiros
K Bitello: Sugerindo rimas
Jujuba Negreiros: Censurando rimas
Marcos Delfino: Sugerindo o assunto
*****
Leituras no embalo:
* A raposa e o corvo – Fábula de Jean De La Fontaine (1668)
* O recurso do método – Alejo Carpentier (1974)
* Zero – Ignácio de Loyola Brandão (1975)