Emile Bernard, A colheita do trigo, 1888
O
vento brisa o pensamento
(OBSECO MC)
Por quê?
Será que sou inocente
demais?
Ao ponto de ser visto
não um homem
E sim um rapaz
O tanto que eu fiz o
tanto que eu faço
Em meio a tantas
lamentações
Eu só me embaraço e
pergunto
Todos os dias
Será que ser honesto,
correto
Faz de mim um cara tão
incorreto?
Minhas forças estão a
se esgotar, mas desistir é inútil
Às vezes, os buracos
são tão profundos que me tampam até a cabeça
Passam dias, semanas,
até que eu esqueça
O tempo passa e nunca
volta
Quanto mais só eu sou
mais só eu fico
Uma aproximação,
meia-dúzia de palavras
E uma decepção
Tantas palavras foram
ditas
Mas alguma fez efeito?
Fez?
Não sei
Só sei que isso tudo
Tá sendo uma loucura
Onde nem as pronúncias
têm o efeito de parecer uma denúncia
Se for parar pra
pensar eu já me acho um espinho
Onde as rosas, ao meu
redor, morrem
E novamente eu volto a
ser sozinho
O vento leva as folhas
E o pensamento cobra
Erradas escolhas
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