*Marcus
Patrick P. é blogueiro e publica seus poemas no “Penso, logo escrevo” (http://www.pensamentosdemarcuspatrick.blogspot.com.br/)
[...]
Clara, que clareia a vida
com seu sorriso e um par de olhos lamparina verde, disse-me que quando o barulho do dia fica insuportável, ela
tenta escutar o som do silêncio...
O Som do Silêncio
(Simon
and Garfunkel)
Tradução livre: Inventor do Vento
Escuridão
velha amiga
Aqui
estou eu
Tive
uma visão um pouco assustadora
Semeada
enquanto dormia
E
esta visão que deitou raízes em minha cabeça
Permanece
em meio ao som do silêncio
Em
sonhos agitados eu andei sozinho
Por
ruas estreitas de paralelepípedos
Sob o
halo da lamparina da rua
Levantei
a lapela contra o frio e a umidade
Foi
quando meus olhos foram apunhalados
Pelo
brilho de uma luz neon
Que
cindiu a noite
E
tocou o som do silêncio
Nessa
luz transparente eu vi
Dez
mil pessoas, talvez mais
Gente
conversando sem falar
Gente
ouvindo sem escutar
Gente
escrevendo canções
Que
vozes nunca compartilharam
E
ninguém ousou
Perturbar
o som do silêncio
“Tolos”,
falei, “vocês não sabem
O
silêncio cresce como um câncer
Ouça
as palavras que posso lhes ensinar
Aceite
os braços que posso lhes estender”
Mas
minhas palavras caíram como gotas silenciosas de chuva
E
ecoaram no poço do silêncio
Teve
gente que se curvou e rezou
Ao
deus de neon que elas mesmas criaram
E a
placa faiscou seu aviso
Nas
palavras que formava
A
placa dizia
“As
palavras dos profetas
Estão
escritas nos muros do metrô
E no
corredor das casas
Sussurradas
ao som do silêncio”.
*Para mais profecias, sobretudo do Livro de Daniel, releia a postagem de 19/07/2012:
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