Erick Lopes da Silva*, Casal, 2014
*Erick
Lopes da Silva é estudante do
Nono Ano na EMEF Alberto Pasqualini, Gravataí/RS: arranha seus primeiros
acordes no violão e desenha a vida, vivida-imaginada.
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Em 09.07, no Novo Tutti, Centro de Porto
Alegre, a poetisa Léris Seitenfus
lançou seu livro “Grito Segredos”: quinto
lançamento da microeditora “Gente de Palavra” e sua
coleção “Caderno
de Poemas”. A trilha sonora ficou a cargo do
CoV. Abaixo, uma palhinha dos poemas da moça (com trilha sonora do CoV, claro)!!!!
Não insista
Se vieres a mim
dar-te-ei uns versos,
dar-te-ei um abrigo,
um chá quente,
um bolo gostoso,
um afago
talvez um abraço
porém, não insistas!
Meu amor
é elo perdido.
Meu coração
está fechado, lacrado;
dele só dar-te-ei
uns versos e creia,
nada mais...
Liberdade
pés descalços
na calçada
da tarde quente
vestido esvoaçante
corpo solto
procura o mar
ondas e frescor
encontram o lar
na escaldante areia
quando menos
se espera
a liberdade se perde
se o coração não devaneia
CoV – Pequena Gaulesa
A cura
Deixe a poesia lamber a ferida,
do ser estirado na calçada do desprezo,
da dor de mãe ausente ou convalescente,
da saudade do filho perdido, amargurado,
dos que tem uma tênue esperança...
de quem sonha com um amor perdido,
do desespero por extinguir uma doença,
da criança que quer estudar, brincar,
dos que acreditam na humanidade.
Caminhar
Navego nos mares
de magia e acalanto
perpetuando passos
do eterno caminhar
sigo altiva
driblando a dor
e o pranto
para um dia
em poesia
poder descansar.
CoV – Guria (Chuva Caindo)
Incógnita
Não eram reticências
eram três pontos finais
que na indecisão
queriam muito mais.
Perderam-se em tempos:
no começo
meio ou fim;
para driblar o instinto
do que não se quer terminar.
Sobrou incógnita
a interrogação sem ponto algum.
Na continuação tudo virou
reflexão com erros,
acertos e repetição.
Marcas
transito na saudade
de quem nunca tive
refugio-me
vez em quando
no abrigo que não
foi meu
na vivência abolida
na estrada
esquecida
planto flores
diversas
sabendo que também
brotam espinhos
na beleza do
caminho
que criam raízes
ás vezes em flores
sem sementes
nas pétalas
revelação
que tudo se aguenta
quando se pode
transformar em
poesia
CoV – Despetalada Rosa
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