José
Lutzemberger, Aquarela sem título, 1935
Tyrteu Rocha Vianna
(1898 a 1963) fez um só livro de poesia: Saco
de Viagem, em 1928. E atrafuncou a boa bagunça modernista nesses pagos
longe demais das capitais no sul do sul do Brasil. Entre a “Vontade de versos futuristas” e os “Churrascos de Viagens”, partes do seu
sumido livro, percebemos que alguns cavalos estão montados em homens neste
rincão e muitos gaúchos vão de a pé mesmo pelas veredas empoeiradas do asfalto
quente.
Recordações
Tyrteu Rocha Vianna – Saco de
Viagem (1928)
O
general Bento Gonçalves da Silva
Fez a separatória república de 35
Com bandeira
Verde amarela encarnada
Escudo complicado
Ajutório de Garibaldi dei due mondi
E o rubro barrete frígio
Da mulher deusa Razão parisiense
Quando eu gurizava fundaços passarinheiros
Em um São Chico bastante menor
Que o
O atualíssimo de empréstimo americano
Asseio público e praça de esportes
Hipotéticas hipóteses relatoriaes
Ditadurazinha desgovernamental de Trois...tky
Felizmente quadrienal
Homenageavam filarmônica churrasco
Cervejada subscrição República de Piratinim
Subindo barbante
Foguetório vivarada
Discurso obrigatório major Laláo
Meio metro bandeiral
Histórico reverenciando respeito
Trapo nem verde nem amarelo nem mais nada
Meu Pai respondente
Sentado me dizia
É o regime econômico vaca magra
Das tetudas economias invisíveis
Do dinheiro municipal calotíssimo
Fez a separatória república de 35
Com bandeira
Verde amarela encarnada
Escudo complicado
Ajutório de Garibaldi dei due mondi
E o rubro barrete frígio
Da mulher deusa Razão parisiense
Quando eu gurizava fundaços passarinheiros
Em um São Chico bastante menor
Que o
O atualíssimo de empréstimo americano
Asseio público e praça de esportes
Hipotéticas hipóteses relatoriaes
Ditadurazinha desgovernamental de Trois...tky
Felizmente quadrienal
Homenageavam filarmônica churrasco
Cervejada subscrição República de Piratinim
Subindo barbante
Foguetório vivarada
Discurso obrigatório major Laláo
Meio metro bandeiral
Histórico reverenciando respeito
Trapo nem verde nem amarelo nem mais nada
Meu Pai respondente
Sentado me dizia
É o regime econômico vaca magra
Das tetudas economias invisíveis
Do dinheiro municipal calotíssimo
No Galpão
(a Raul Bopp)
(a Raul Bopp)
Tyrteu Rocha Vianna – Saco de
Viagem (1928)
Lá fora o patrão D. Inverno
Mais D. Frio e seu capataz Minuano
Mais a peonada deles feita de pingos de garoa
Iam repontando
A manada retacona dos peães
Do pasto alto das noturnas calaveiragens pelos ranchos
Da vizinhança grávida de gurias cubiços palpáveis
Para a mangueira das 4 paredes do galpão
E à roda do fogo D. Chimarrão os pastorejava
Formados
Seu Tibúrcio era o contador de histórias de plantão
Sia dona Conversa foi vindo vagarosa e lerda
Como a baia aguateira lunanca
E pela boca desdentada do Aurélio chegou-se
Na história recente dos fantasmas assombradores
Do posto do rodeio das bragadas
Houve risadas mui reticênciais dos circunstantes
Largas longas e cortantes como facão marca touro
E D. Silêncio chegou montado no pschit
Do capataz bandaoriental D.Fulano
Seu Tibúrcio mandou D. Silêncio à fava
E foi se defendendo na maciota
Retrucão a fechar um criolo filado
Mas não foi eu que o sobreintendente
Ia prender na cadeia
Como desencaminhador da fia mais moça
Da siá dona Anaia
E o pai do aleijadinho
E logo em seguida
Deu vontade de fazer pipi no capataz
Bandaoriental D. Fulano
Peleador de amores impuberes abafados
Mais D. Frio e seu capataz Minuano
Mais a peonada deles feita de pingos de garoa
Iam repontando
A manada retacona dos peães
Do pasto alto das noturnas calaveiragens pelos ranchos
Da vizinhança grávida de gurias cubiços palpáveis
Para a mangueira das 4 paredes do galpão
E à roda do fogo D. Chimarrão os pastorejava
Formados
Seu Tibúrcio era o contador de histórias de plantão
Sia dona Conversa foi vindo vagarosa e lerda
Como a baia aguateira lunanca
E pela boca desdentada do Aurélio chegou-se
Na história recente dos fantasmas assombradores
Do posto do rodeio das bragadas
Houve risadas mui reticênciais dos circunstantes
Largas longas e cortantes como facão marca touro
E D. Silêncio chegou montado no pschit
Do capataz bandaoriental D.Fulano
Seu Tibúrcio mandou D. Silêncio à fava
E foi se defendendo na maciota
Retrucão a fechar um criolo filado
Mas não foi eu que o sobreintendente
Ia prender na cadeia
Como desencaminhador da fia mais moça
Da siá dona Anaia
E o pai do aleijadinho
E logo em seguida
Deu vontade de fazer pipi no capataz
Bandaoriental D. Fulano
Peleador de amores impuberes abafados
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