sábado, 21 de março de 2020

A PESTE

Resultado de imagem para a peste monólogo teatral
A PESTE
Link da peça no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=t0kS2ygnmXU

Monólogo teatral baseado no livro A PESTE, de 1947, de Albert Camus (1913-1960) com direção de Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia com o ator Pedro Paulo Osório, filmada em 2018 no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte, MG.

Neste monólogo, algumas pérolas ditas por, pelo menos, 7 personagens, se perdem um pouquinho, principalmente o Tarrou que é o autor dos diários durante a peste e o homem que, sem querer nada em troca, forma brigadas de voluntários para ajudar os doentes.

O monólogo assume a voz do narrador como sendo do médico Rieux, mas no livro, o narrador em terceira pessoa, onisciente, não é o médico.

Entretanto, o texto do monólogo é reprodução literal de vários trechos do livro, aliás, da mesma tradução da Editora Record, de 1993, de Valerie Rumjanek Chaves, que tenho aqui na Biblioteca de Vento.

SETE PERSONAGENS (por Inventor do Vento):

RIEUX: O protagonista médico que mesmo afastado da esposa, em tratamento de saúde fora da Argélia, por uma doença anterior e alheia à peste, dia e noite se bate pelos infectados e é um dos primeiros a identificar a invasão dos ratos em Orã que mata o porteiro, Michel, porteiro do seu prédio. Como médico chega ao ponto de não conseguir curar ninguém, apenas identifica e isola os pestilentos…

PANELOUX: O padre que afirma em sermão na catedral ser a peste uma punição aos cristãos, diferente da peste na Antiguidade, quando era punição aos pagãos. Por outro lado, merecida punição divina ao povo, a peste é também um tempo de recolhimento, para reflexões e para novos pensamentos de solidariedade e fraternidade entre pessoas diferentes que vivem o mesmo drama…

RAMBERT: O jornalista que lutou pela República na Espanha e foi à Argélia para conhecer a situação dos árabes na colônia francesa. Tentou fugir da cidade sitiada pela peste e lacrada em quarentena, pois desejava rever sua noiva em Paris. Ao não conseguir, vira um voluntário nas brigadas sanitárias que acodem os doentes e familiares deles na cidade de Orã...

GRAND: Veterano funcionário que presta serviço terceirizado para a Prefeitura de Orã, montando as tabelas e estatísticas sobre a epidemia, enquanto esboça seu livro que nunca sai da primeira frase, eternamente reescrita. Não consegue esquecer realmente do amor perdido por seus fracassos profissionais, ou por sua mediocridade…

TARROU: Escriba que deixou as mais completas crônicas dos dez meses da epidemia em seu caderno e fundou grupos voluntários para combater a peste quando faltavam médicos, remédios, verbas e tudo era racionado na cidade…

COTTARD: Capitalista que, por fraudes, tentou se matar, antes da peste, não conseguiu, virou traficante de produtos contrabandeados no mercado clandestino de Orã, a altos preços, durante a peste, lucrando, obviamente, muito. Não aderiu às brigadas voluntárias, aliás, se sentia faceiro depois da epidemia atormentar a todos. Não era só ele o atormentado e frustrado...

CASTEL: Médico veterano, que não embromou ao detectar a peste e quase morreu fatigado produzindo soro em seu laboratório na falta de estoques importados da França. Repensou ou reinventou o seu amor, bastante opaco, pela esposa, em meio à epidemia...

Vuuush

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