Link da peça no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=t0kS2ygnmXU
Monólogo
teatral baseado no livro A PESTE, de 1947, de Albert Camus
(1913-1960) com direção de Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia com o
ator Pedro Paulo Osório, filmada em 2018 no Centro Cultural Banco do
Brasil de Belo Horizonte, MG.
Neste
monólogo, algumas pérolas ditas por, pelo menos, 7 personagens, se
perdem um pouquinho, principalmente o Tarrou que é o autor dos
diários durante a peste e o homem que, sem querer nada em troca,
forma brigadas de voluntários para ajudar os doentes.
O
monólogo assume a voz do narrador como sendo do médico Rieux, mas
no livro, o narrador em terceira pessoa, onisciente, não é o
médico.
Entretanto,
o texto do monólogo é reprodução literal de vários trechos do
livro, aliás, da mesma tradução da Editora Record, de 1993, de
Valerie Rumjanek Chaves, que tenho aqui na Biblioteca de Vento.
SETE
PERSONAGENS (por Inventor do Vento):
RIEUX:
O protagonista médico que mesmo afastado da esposa, em tratamento de
saúde fora da Argélia, por uma doença anterior e alheia à peste,
dia e noite se bate pelos infectados e é um dos primeiros a
identificar a invasão dos ratos em Orã que mata o porteiro, Michel,
porteiro do seu prédio. Como médico chega ao ponto de não
conseguir curar ninguém, apenas identifica e isola os pestilentos…
PANELOUX:
O padre que afirma em sermão na catedral ser a peste uma punição
aos cristãos, diferente da peste na Antiguidade, quando era punição
aos pagãos. Por outro lado, merecida punição divina ao povo, a
peste é também um tempo de recolhimento, para reflexões e para
novos pensamentos de solidariedade e fraternidade entre pessoas
diferentes que vivem o mesmo drama…
RAMBERT:
O jornalista que lutou pela República na Espanha e foi à Argélia
para conhecer a situação dos árabes na colônia francesa. Tentou
fugir da cidade sitiada pela peste e lacrada em quarentena, pois
desejava rever sua noiva em Paris. Ao não conseguir, vira um
voluntário nas brigadas sanitárias que acodem os doentes e
familiares deles na cidade de Orã...
GRAND:
Veterano funcionário que presta serviço terceirizado para a
Prefeitura de Orã, montando as tabelas e estatísticas sobre a
epidemia, enquanto esboça seu livro que nunca sai da primeira frase,
eternamente reescrita. Não consegue esquecer realmente do amor
perdido por seus fracassos profissionais, ou por sua mediocridade…
TARROU:
Escriba que deixou as mais completas crônicas dos dez meses da
epidemia em seu caderno e fundou grupos voluntários para combater a
peste quando faltavam médicos, remédios, verbas e tudo era
racionado na cidade…
COTTARD:
Capitalista que, por fraudes, tentou se matar, antes da peste, não
conseguiu, virou traficante de produtos contrabandeados no mercado
clandestino de Orã, a altos preços, durante a peste, lucrando,
obviamente, muito. Não aderiu às brigadas voluntárias, aliás, se
sentia faceiro depois da epidemia atormentar a todos. Não era só
ele o atormentado e frustrado...
CASTEL:
Médico veterano, que não embromou ao detectar a peste e quase
morreu fatigado produzindo soro em seu laboratório na falta de
estoques importados da França. Repensou ou reinventou o seu amor,
bastante opaco, pela esposa, em meio à epidemia...
Vuuush
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