É
dia da língua portuguesa, cumpádi.
A
língua dos nossos pensamentos. Filha do latim.
280
milhões de seres, mais os que já se foram, pensam na língua do
marinheiro Camões.
Nesta
semana novamente alguns paspalhos utilizaram nossa língua pra
lamber general e pistoleiro.
Enquanto
isso, grandes poetas se foram: por causa da pandemia ou enojados de
envelhecer à sombra do fascismo - palavra também do latim que
significa “açoitar os escravos”. Claro, para a extrema-direita, hoje no governo federal, escravos são todos aqueles que discordam de seus lucros,
preconceitos e armas.
O
poeta ALDIR BLANC foi o herdeiro direto de Noel Rosa, cantar as
letras do samba como documentos do morro, das crônicas do carnaval,
da cerveja quente da vida noturna.
O
poeta do corpo FLÁVIO MIGLIACCIO foi um grande cômico brasileiro
encenando o lado infantil do riso sem apelar para o riso dos ratos.
O
poeta CIRO PESSOA abriu a sonífera ilha de nosso surrealismo, porque
não será o medo da loucura que nos fará arriar a bandeira da
imaginação.
Uma
boa notícia no dia de hoje: O Velho Marx, maior pensador do século
XIX, comemora 202 anos de nascimento. O primeiro filósofo, cumpádi,
a colocar a classe trabalhadora no centro da sociedade.
(c.
a. albani da silva, o inventor do vento, 05/05/2020)
Nenhum comentário:
Postar um comentário