David Hockney,
Autoestrada das Flores de Pêra, 1986
Confira o Vídeo Inédito do CoV!!!
Cavalgando o Vento
– O
Esqueleto (C. A. Albani da Silva): Cavalgando o
Vento canta e interpreta, de maneira bem-humorada e irônica, uma história de
solidão e traição. Afinal, quem já não se encontrou (e ainda vai se encontrar
de novo, óbvio) desamparado como o Esqueleto?
Os Vinte Anos de
Poesia de Amaro Flores Castilhos
Entre 1984 e 2004, o
poeta de Cachoeirinha/RS Amaro Flores
Castilhos escreveu dezenas de poemas, reunidos no seu livro “Vinte Anos de
Poesia” (2004). Na Introdução do livro ele nos explica a vigília
constante do artista: “Bem antes de ler e conhecer o grande poeta Vladimir Maiakovski (1893-1930), eu já fazia o
que ele pregava: ‘Todo poeta precisa estar sempre com uma caneta e um pedaço de
papel no bolso, pois o poema pode surgir a qualquer momento, qualquer situação,
qualquer lugar ou hora’. Se o poeta não anotar, acaba esquecendo e lá se foi
talvez um grande poema”.
Alma, Coração e Cérebro
E Amaro
disse também, nessa mesma Introdução: “A
ousadia, a fuga do marasmo poético, a criatividade e a constante busca são
elementos cotidianos do meu trabalho. [...] Mas eu vejo três coisas como
básicas na construção de um bom poema (pelo menos sempre foi assim comigo): alma, coração e cérebro. Com a alma, o poeta percebe e
capta o início de um poema que chega pelas ondas da inspiração. A alma é a
nossa maior sensibilidade em contato com o invisível que nos rodeia. O coração
é quem dá harmonia, vida, cor e luz ao poema. Carrega o poema com as coisas da
vida, da terra. Põe sentido humano no poema. E o cérebro é quem organiza tudo,
elimina excessos, inclui o que acha necessário e dá o toque final, sem
sentimentalismo ou misticismo. O cérebro é o último componente, mas o mais frio
e direto”.
O
Bibliotecário
Amaro Flores Castilhos
Me
alimento de teoria ao meio dia,
à
meia noite, consumo metáforas
e
na cozinha
onde
tempero versículos
meu
ego ri de mim.
Sou
um arqueólogo imponderável
escavo
o túmulo do cronômetro
absorvo
a química do tempo
e
congrego axiomas enferrujados
Em
poucas e aritméticas horas
Edifico
jardins matemáticos
Com
símbolos e outras alquimias
Roubadas
de um velho manuscrito.
Em
sânscrito;
Desvendo parábolas
mistérios de luz
poemas da cruz
signos de sal
e outras religiões
entre o bem e o mal.
(primeiros poemas)
Cavalgando o Vento – Até Breve (C. A. Albani da Silva):
O artesanato de transformar sentimentos, sonhos e experiências em
canção: compor, ensaiar, gravar, divulgar...
Cavalgando o Vento
– Canção
Pra Todo Mundo (C. A. Albani da Silva):
Fotomontagem produzida pelo amigo Francisco Castro,
de Porto Alegre/RS - grande parceiro de saraus, poesia e boa música. Valeu, Chico,
pelo carinho!!!
Namoro
moderno
Amaro Flores Castilhos
Tenho
teus ossos
sobre
os meus ossos
ringindo
e
o arco-íris sete cores
de
tua boca bem talhada
a
iluminar o céu de minha boca
noturna.
Tenho
teus dedos coloridos
de
um violeta carnal
a
romper minha vasta e intranqüila
cabeleira.
Tenho
por ti um amor
cor
de sêmen
Tu
tens por mim um amor
duradouro
como
dura
um
orgasmo.
Francisco Castro
– For
No One (Lennon/McCartney):
Nem sinal de
amor por trás de lágrimas choradas para ninguém.
The Beatles – For No One
(1966): O áudio original da
canção dos Beatles, do álbum Revolver...
Divórcio
Amaro Flores Castilhos
Parto
contigo
não mais reparto
minha
pessoa.
Comerei
o
pó de todas as estradas
que
são distância.
Sentarei
diante
de um pôr de sol diferente
livre.
No
mar
meus
pés reencontrarão o caminho
de
outrora.
Necessito
ancorar
minha alma em outro porto
mais
tranqüilo.
Urgente
contra
a velocidade dos anos perdidos
gastos.
Parto
não
comparto mais contigo sequer
um
segundo.
Cavalgando o Vento
– One
More Cup of Coffee (Bob Dylan):
Releitura, ao vivo no Sarau do Clube Literário de Gravataí/RS, deste clássico
de Bob Dylan, lançado originalmente no álbum Desire
(1976).
Cavalgando o Vento
– É o que me interessa (Lenine/Dudu Falcão): Como já dissemos, em outra ocasião, um dos grandes problemas atuais é que só corremos atrás do que nos interessa...
Poema
para quem não gosta de poema
Amaro Flores Castilhos
Dobro os
versos
amasso-os
com jeitinho
delicadamente
silenciosamente
para que
adentrem
nem que
seja pelos fundos
de teu
duro coração.
Há de
haver uma fresta
um pequeno
orifício
uma porta
mal fechada ou coisa parecida
que
permita ao poema penetrar
e lá
encontrar guarida.
Preparo-o
com afeto.
Visto-o com
esmero
dou-lhe
cor e aroma
e um pouco
de dinheiro
para o
vinho e para o pão
que a
jornada exige
rumo ao
teu coração.
Como se
abrem as flores
teu mundo
há de se abrir,
seja no
beijo de um crepúsculo
seja num
rosário de dores.
Creio na
sensibilidade humana
raramente
Minha alma
se engana.
(Dedicado a quem gosta, Armindo Trevisan)
Dirigíveis – Nos dias que passei aqui
(Mick Oliveira, 2011): Vídeo produzido pela dupla C. A. Albani da Silva e Mick
Oliveira homenageando grandes mestres da história do cinema no embalo
do Rock n´Roll amargo da banda gravataiense Dirigíveis.
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