quinta-feira, 26 de julho de 2012

Violeta Parra, Carmen Luisa, 1964

Violeta se fue a los cielos
Precursora da música folk latinoamericana e uma das grandes artistas do século XX / Violeta foi para o céu / Em 1967 / Tendo nascido no Chile / No ano de 1917 / Filha de um professor e músico com uma costureira / Perdeu o pai ainda menininha / E passou a viver cantando e se apresentando com as irmãs / Chile afora / Nos anos 1950 / Levou a música folclórica / E a canção de protesto de seu país / Para a Europa / Onde viveu vários anos / Ergueu, em plena Cordilheira dos Andes / A Universidade do Folclore / Uma grande tenda cultural / Viveu também / Um intenso amor / Com Gilberto Favre / Músico suíço / Mais jovem que ela / E amigo de seu filho / Ángel Parra / Autor do livro / Em que se baseia o longa-metragem de Andrés Wood
(Albani da Silva, 25.07.2012)

Violeta foi para o céu (Trailer, Dir.: Andrés Wood, 2011): 

Violeta Parra Que pena siente el alma (s/d): 


Violeta ParraMaldigo del alto cielo (2011): 

Victor JaraTe recuerdo, Amanda (s/d): Impossível falar de Violeta sem mencionar outro mestre da música chilena – Victor Jara (1932-1973), brutalmente assassinado junto de milhares de militantes de Esquerda durante o Golpe militar do General Augusto Pinochet (1915-2006) em 1973. Porém, “a vida pode ser eterna em cinco minutos, Amanda”:

O Machismo
          E no clima libertário de Violeta Parra e Victor Jara, aproveitamos para publicar o seguinte texto de Munik S. Manfrin dos Santos, estudante de 8ª série da EMEF Alberto Pasqualini, Gravataí/RS:
                O machismo ainda existe e está explícito em muitas relações. Por exemplo, em empresas, e outros locais de trabalho, o machismo é responsável por muitas hierarquias. O homem fala e a mulher obedece.
                Existe um senso comum em que o homem, para se sentir “homem”, exige submissão e disponibilidade da mulher e algumas mulheres, por sua vez, em troca de supostas “proteção” e “segurança”, aceitam este papel.
               Ainda bem que nem todas as pessoas se conformam, tendo coragem de questionar o que é imposto pela sociedade. Digo coragem, pois é isso mesmo que é necessário. É mais fácil aceitar o que está pronto e “mastigado”, do que se constituir de forma a mais original possível. 
(Munik S. Manfrin dos Santos, 03.07.2012)
               
Bebe La Bicha (2009): E canta a espanhola Bebe, provocando a todos os machões de plantão – “não subestime esta mocinha, embora seja magrinha”...

 Technicolor FabricsFénix (2011): 


Fábulas Latinoamericanas
Relendo “A ovelha negra e outras fábulas(1969) do guatemalteco Augusto Monterroso (1921-2003):

1) O raio que caiu duas vezes no mesmo lugar
Era uma vez um Raio que caiu duas vezes no mesmo lugar; mas descobriu que a primeira queda havia causado tanto dano, que já não era necessário e se deprimiu muito.

 2) Monólogo do Bem
As coisas não são tão simples”, pensava naquela tarde o Bem, “como crêem algumas crianças e a maioria dos adultos”.

“Todos sabem que em certas ocasiões eu me oculto atrás do Mal, como quando adoeces e não podes tomar um avião e o avião cai e não se salva nem Deus; e que às vezes ocorre o contrário, o Mal se esconde atrás de mim, como aquele dia em que o hipócrita Abel se deixou matar por seu irmão Caim para que este ficasse mal com todo o mundo não podendo se retratar jamais”.

As coisas não são tão simples”.

3) O Paraíso Imperfeito
- É certo – disse melancolicamente o homem, sem tirar a vista das chamas que ardiam na lareira naquela noite de inverno -; no Paraíso há amigos, música, alguns livros; o único mal de ir pro Céu é que de lá não se vê o céu. 
(A Cigarra, 26.07.42 a.C)

PedropiedraInteligencia dormida (2009): 


Perotá ChingóInes (2012): 

4) A Ovelha Negra
Em um país distante existiu faz anos uma Ovelha Negra.

Foi fuzilada.

Um século depois, o rebanho arrependido ergueu-lhe uma estátua equestre que caiu muito bem no parque.

Assim, na sequência, cada vez que apareciam ovelhas negras eram rapidamente passadas nas armas para que as futuras gerações de ovelhas comuns e modernas pudessem exercitar-se também na escultura.

5) A mosca que sonhava que era uma águia
Era uma vez uma mosca que todas as noites sonhava que era uma Águia e que se encontrava voando pelos Alpes e pelos Andes.

Nos primeiros momentos isto a deixava louca de felicidade; mas passado um tempo lhe causava uma sensação de angústia, pois achava as asas demasiado grandes, o corpo demasiado pesado, o bico demasiado duro e as garras demasiado fortes; bom que todo esse grande aparato a impedia pousar à vontade sobre os ricos pastéis ou sobre as imundícies humanas, assim como despertar a consciência batendo-se contra os vidros de seu quarto.

Na realidade não queria andar nas grandes alturas, ou nos espaços livres, nem muito menos.

Mas quando voltava a si lamentava com toda a alma não ser uma Águia para subir montanhas, e se sentia muito triste por ser uma Mosca, e por isto voava tanto, e estava tão inquieta, e dava tantas voltas, até que lentamente, à noite, voltava a por a cabeça no travesseiro.    

6) A Barata Sonhadora
Era uma vez uma Barata chamada Gregório Samsa que sonhava que era uma Barata chamada Franz Kafka que sonhava que era um escritor que escrevia sobre um empregado chamado Gregório Samsa que sonhava que era uma Barata. 
(A Formiga, 26.07.201 d.C)

Quando acordou, o dinossauro não estava lá (7
O resto é silêncio.


Ikira Barú El Reloj (2012): 



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