sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Quando fala o Compositor

Laboratório de Sons do VentoAlbani e Mick gravam “O Esqueleto, Julho de 2012
       
      E foi o compositor Otávio Segala quem nos lembrou, nas redes sociais, que em 15 de janeiro foi o Dia Mundial do Compositor!
       Daí veio o poeta Renato de Mattos Motta, da microeditora Gente de Palavra, com este poema:

Quando falo Compositor
(Renato de Mattos Motta, 2015)

Quando falo Compositor 
falo de gente capaz
de dizer da sonoridade de sua gente
de dizer da necessidade de sua gente

Quando falo Compositor 
falo de gente sensível
de gente que precisa da arte
como um afogado precisa de ar

Quando falo Compositor 
falo de quem dá voz
aos que calam por não ter posses
aos que calam por não ter vez

Quando falo Compositor
falo de Caetano e de Chico 
de João Bosco e de 
Noel Rosa 
de Vinícius e 
Toquinho, 
de 
Itamar Assumpção, de Arrigo, 
de 
Zé Caradípia e de Tom Zé
de 
Tom Jobim e de Baden, 
de 
Nei Lisboa e de Nelson Coelho de Castro
e de Carlinhos Hartlieb
falo do 
Mauro Harff, do Talo Pereyra
falo da 
Bianca Obino, da Giselle Maria
Falo do 
Sérgio Rojas e do Martin Coplas
falo do 
Albani e de um tal de Otávio Segala...

Porque...
Quando falo Compositor 
falo de gente que a gente canta
porque o canto dessa gente
é um canto que encanta a gente!

Otávio SegalaO gol (2008): Ao vivo no programa Radar da TVE.

        Agora, convido a todos os leitores, ouvintes e simpatizantes do Vento a seguirem a página do CoV no SoundCloud. Lá vocês encontram mais de 30 canções direto do Laboratório de Sons do Vento!      


       Segue resenha do Inventor do Vento, compositor de todas as canções (letras e músicas) que têm lá (exceto as releituras ou poemas/textos musicados, de outrem, que serão sempre assinalados, claro!): 

Até Breve: Balada acústica que fala de um amor de verão; primeira canção gravada pelo CoV pro disco lançado em dezembro de 2013, com apoio do FUCCA (Fundo da Cultura de Cachoeirinha/RS) e com produção de Cleiton Amorim, no seu Estúdio LACOS. Clique aqui pro videoclipe!

O Esqueleto: Gravada no inverno de 2012 no Laboratório de Sons do Vento, a canção trata da solidão e das sacanagens que aprontaram, em especial o cãozinho traidor, pra cima do Esqueleto de bunda pouco carnuda, mas de bom coração. Tem videoclipe no YouTube aqui.

Marchinha Alegre, Cantiga Triste: Parafraseando diversas letras de clássicas marchinhas de Carnaval, a canção brinca, ao revés, com um dos símbolos da identidade nacional brasileira. E ainda chama pra cantar uma vovozinha do antigo Bloco das Banguelas, que relembra os seus Carnavais de outrora, nos anos 1940 e 50, na Sociedade Recreativa Macunaíma, lá da Praia de Baunilha.


Pequena Gaulesa: Em meio à violência do dia a dia na Antiguidade romana, diferentes homens projetam seus medos e sentimentos na Pequena Gaulesa. Videoclipe com fantoches de luz e sombra aqui.


Canção do ex-mágico da Taberna Minhota: Um conto fantástico de Murilo Rubião (1916-1991), lançado em 1947, agora em adaptação poética e musical para viola caipira.


Lucy não se esqueça de mim (versão beatnik e versão acústica): Clássico do repertório da banda Madame Satã, a maior banda da galáxia!, que foi a primeira banda deste Inventor do Vento.


Diga Cá: Baião que é a quarta faixa do álbum do CoV, produzido por Cleiton Amorim, com apoio do FUCCA. A canção pergunta às mulheres, protagonistas do século XXI, o que faz a diferença no Brasil? Veja aqui o vídeo de lançamento do CD do CoV!

Guria (Chuva Caindo): Faixa de abertura do álbum do CoV. Começou a ser escrita em 2005. A última coisa que surgiu foi o refrão. Veja o videoclipe aqui e uma versão ao vivo neste outro link.

Ramalhete de flores de fogo (que a chuva apagou): A predileta do Profeta do Vento: Mick Oliveira. Já me perguntaram se era sobre um amor fracassado. E eu diria que é sobre uma amizade bem sucedida.


Verônica (versão acústica): Com a participação da Amazona do Vento, Aline Albani, cantamos, nesta toada caipira moderninha, a história de Verônica: moça que tentou se reinventar por completo.


Quando o Vento sorri (versão rock rural): É o poema símbolo do projeto cultural Cavalgando o Vento. Viola caipira a cargo do Albani, violão por conta do Mick.


Colar: Terceira faixa do álbum do CoV. Contamos com a flauta de João Cândido nesta gravação, no estúdio do Cleiton Amorim. De quebra, uma ilustração linda da professora Nara Liége de Oliveira que deu origem a outros personagens e projetos. Ah! A Praia de Baunilha e seus amores de verão...


Pontos de Vista: Com a participação da grande voz de Fernanda Estevão, protestamos aqui contra a BURROCRACIA e tudo o mais na civilização moderna que vai justamente contra a própria modernidade, que nada mais é do que a legítima e permanente luta por LIBERDADE, IGUALDADE & FRATERNIDADE!


CoV ao vivo na Rádio Web PutzGrila!: Em 05/04 de 2014, o CoV esteve no Estúdio Marquise 51, em Porto Alegre/RS, pra cantar no programa Groovypedia Studio Live, da roqueira e poetisa Ana Beise, rádio PutzGrila!: a principal rádio rock do Sul do país atualmente. O repertório foi esse: Do Sertão ao Oriente + Despetalada Rosa; Adaga de Prata; Colar; A deusa dos orixás (de Clara Nunes); Imortal Aquiles; Judiaria (de Lupicínio Rodrigues); Guria (Chuva Caindo).


História que não vivi: Balada escrita em 2013 pro curta-metragem estudantil “A história que não vivi”, do Núcleo de Cinema da EMEF Alberto Pasqualini, Gravataí/RS. Trata-se de um diálogo entre pai e filha sobre o despertar da sexualidade. Veja o filme aqui.


Dia Nublado (versão II): Com cerca de 12 minutos, a canção nomeia personagens até então anônimos da história contemporânea brasileira.


Esses Moços (Lupicínio Rodrigues): Releitura roque-batidão que uniu o Inventor do Vento e seus alunos da EMEF Alberto Pasqualini, Gravataí/RS, em homenagem aos 100 anos do criador da dor de cotovelo: Lupicínio Rodrigues. Veja o clipe aqui.


Canção Pra Todo Mundo: Segunda faixa do álbum do CoV, gravada com Cleiton Amorim, em Cachoeirinha/RS. Esta crônica social apresenta a participação especial do músico e beatlemaníaco Francisco Castro, nos vocais.


Há um porto chamado coração: Balada que começou a ser escrita também em 2005, inspirada em postais de prédios históricos lá da cidade de Rio Grande, fotografados por um colega universitário. Em fevereiro de 2014 finalmente foi gravada na Praia de Baunilha.


Crianças, bichos e flores: Desabafo existencialista. Faixa bônus do disco do CoV, gravada em 13 de Maio de 2014, no Estúdio LACOS, de Cleiton Amorim: 126 anos após a Abolição da escravidão. Tudo começou com um assovio na praia e terminou com a flauta do iogue Antonio Ramos, no estúdio.


Anjos da Guarda: Releitura maluca do samba de Leci Brandão, gravada com o auxílio de meia dúzia de professores aposentados numa tarde na Saudosa Sociedade dos Mestres Queridos, na Praia de Baunilha, dia 15/10 de 2014: dia do professor!


Lay Lady Lay: Simplesmente tocando um Dylan ao vivo num sarau de inverno. Destaque pra guitarra do Mick, que fala ao coração.


Jogo de Olhares: Registro feito assim que foi escrita em 2005. Soa como uma velha gravação num mal cuidado disco de vinil prensado em 1973.


Noite Feliz: Diretamente de 1818 pro século XXI, o hino cristão é a canção mais famosa do mundo. E no cajón: Alemão Cristiano!


Sou Negro: Poema de Solano Trindade, poeta da negritude e artista sem igual, que acompanha o Albani desde o começo de sua caminhada como professor. Para aprofundar os estudos daquilo que o sociólogo Paul Gilroy chama de Atlântico Negro, decidi musicar o texto em 20/11 de 2013.


A Guria da Livraria: Quem sabe a moçada (quase 1 em 10) que zerou a redação do ENEM em 2014 precise se apaixonar por gurias e garotos das livrarias e bibliotecas pra deixar de escrever mal?


 Qual a sua música predileta do CoV???

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