sábado, 21 de maio de 2016

COISAS DE HERÓI: GILGAMESH



COISAS DE HERÓI: GILGAMESH
(C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)
A primeira lenda escrita pela humanidade
Em plaquinhas de argila rabiscadas cuneiformes
Pelo povo sumério
Lá na antiga Mesopotâmia, hoje Iraque
É o seguinte:
O rei Gilgamesh em 2700 a.C
Fundou a cidade de Uruk
Depois de ter viajado o mundo
Conhecido suas origens: até o fundo dos mares
Só que nosso herói (primeiro herói!)
Também sabia ser malvado
E obrigou seu povo a erguer uma muralha
Tijolo por tijolo
Em volta de Uruk
O povo apavorado com a idéia da escravidão
Suplicou à deusa Ishtar
(Senhora das águas lamacentas do Tigre, do Eufrates)
E ela mandou o guerreiro Enkidu
Guerreiro das florestas de cedro
Pra ajudar os sumérios contra a escravidão
Contra o mandonismo do rei
Enkidu encarou Gilgamesh
Mas após incansáveis batalhas: não houve vencedor
O empate os fez amiguinhos
E parceiros se meteram em aventuras juntos
Destruíram monstros / pacificaram o mundo (na porrada!)
Daí disseram que ninguém mais ia erguer muro nenhum
O amor correspondido nos faz bonzinhos
Só que Ishtar ficou com ciúmes de Enkidu
Seu protegido agora só queria saber
De Gilga pra cá
Gilga pra lá
Assim a deusa rogou uma praga e após 12 dias
Enkidu morreu!
Gilgamesh pirou na batatinha e resolveu correr mundo
Procurando magia que ressuscitasse o amigo
Mas só encontrou o homem mais velho de todos
Utnapishtin, que os hebreus chamavam Noé
Ele, como todo bom velhinho
Sempre contava as mesmas histórias
E a dele era a do Dilúvio
Da arca que fez, a pedido dos deuses
Pra salvar sua família abençoada e os animais
No passado
Oriente inteiro foi alagado e os homens punidos
Por aborrecerem os deuses
Com queixas, barulhos e arrogância
Noé, digo, Utna contou que a punição ia além
Pois condenaram a nova humanidade ao
Trabalho doença
Morte fome
Gilga, teimoso, seguiu atrás do milagre da imortalidade
Mergulhou no Mar Mediterrâneo
Até achou uma planta mágica lá
Mas a perdeu de forma besta
Numa onda que passou (e a levou)
Foi quando o fantasma de Enkidu
O guerreiro das florestas de cedro
Lhe apareceu
Nu em pelo
Contando das coisas do além
Falando da saudade
E dizendo a verdade somente a verdade:
 - Imortais só os deuses mesmo! Podes chorar ou viver...


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