Wilhelm Busch, Juca
e Chico, c. 1865
Dos discos de música pras crianças no Brasil, assim modernos, o primeirão bem que
pode ser a “Arca de Noé”: Juntando
um time de craques pra cantar sobre os bichinhos que Noé reuniu em seu barco salvando-os
da enchente bíblica de há 5000 anos: Vinicius
de Moraes poetando (que faleceu poucos meses antes do lançamento do álbum,
em 1980), Toquinho produzindo e tocando, Fernando Faro produzindo também, Rogério
Duprat arranjando. Quanto às participações? Jesus, Maria e José (só faltou
eles mesmo!): Chico Buarque e Milton Nascimento, MPB4, Alceu Valença, Bebel
Gilberto, Frenéticas, Boca Livre, Moraes Moreira, Ney Mattogrosso, Walter
Franco, Marina...
Boca Livre
– A Casa:
Das
cantadoras & contadores de histórias, uma das precursoras a unir o
pensamento mágico da arte com a pesquisa acadêmica foi a moça Bia Bedran:
Bia Bedran
– Pedalinho:
Dos musicais comerciais para a infância que
proliferaram com a TV e sua indústria cultural nos anos 1980, saudaremos o
Maluco Beleza, Raul Seixas, que não
deixou barato e, em plena Rede Grobo, no especial “Plunct Plact Zuuum” (1983), cantou
o anarquismo para os pimpolhos em “Carimbador
Maluco”:
Raul Seixas – Carimbador Maluco:
Aberta a vereda da música infantil para
adultos, outro maluco, desta vez, o catarinense, Carlos Careqa gravou o álbum “Palavrão
Cantado” (2014):
Carlos Careqa – Rap do Peido:
Carlos Careqa – Meleca:
E como no sul do Sul do Brasil também temos crianças e compositores geniais,
chegamos ao Claudio Levitan que,
dentre outros trabalhos, como a “Opereta
Pé de Pilão”, sobre poemas do Mário
Quintana, gravou, mais recentemente, o “Porto Alegre das Crianças Perdidas”:
Outro mestre
sulino é o Gelson Oliveira que acertou em cheio com o tema do
programa “Pandorga”, infantil que está no ar na TVE/RS desde 1988. O
mais recente trabalho do Gelson, Prêmio Açorianos de Música em 2015, “O
Ônibus do Sobe e Desce”, retomou essa canção trazendo outras tantas
inéditas pra falar com os pimpolhos desse mundo velho medonho maluco:
Gelson Oliveira – Papagaio,
pandorga:
Vira e
mexe, o CoV também apronta suas criancices:
CoV – O Esqueleto:
CoV – Para quando Alice acordar:
Nenhum comentário:
Postar um comentário