domingo, 12 de junho de 2016

Valentina & Jerônimo: Canção do tudo passa


Dia dos Namorados é Dia de São Valentim. Mas qual São Valentim?!?
De um jeito ou de outro / Desde a Antiguidade / Quase todos os povos celebram / o casamento / o amor / a fertilidade / Os romanos antigos / louvavam / anualmente / Juno ou Hera / Na data de amor / Sorteava-se raparigas aos rapazes (?!?) / Já a Igreja Católica inventou / a sua / festa casamenteira / em 496 / quando / o Papa / Gelásio I / Instituiu o dia / 14 de fevereiro / em homenagem a São Valentim / O problema / é que / já naquela época / haviam / canonizado / diversos / Valentins / Todos viventes do século III d.C. / Um desses santos Valentins / foi um padre / que decidiu continuar realizando / matrimônios / mesmo depois de o / Imperador / ter proibido / casamentos / pros jovens não se escaparem da guerra / Acabou / Morto esse padre / Outro homem santo / Valentim de nome / também / acabou preso / por seguir / o Cristianismo / nos dias em que esta crença / era religião proibida / pelo Império Romano / Valentim ainda que preso / Embestou / De se apaixonar / pela filha / do carcereiro / E acabou / sendo / executado / Não sem antes / escrever / dezenas / dezenas / de cartas / de / amor / em que assinava “do teu Valentim” (from your Valentine). / No Brasil / o 12 de junho / é mais celebrado nas lojas / por comerciantes e amantes – do que o 14.02 / Mas até a Igreja / Desistiu de saber / De qual Valentim santificado estamos falando / E / Em que dia / O dito cujo / realmente / morreu. 

Uma história de amor valentina...

Valentina & Jerônimo: Canção do tudo passa
(C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)
Oh! Jerônimo
Oh! Meu bem
Tudo passa como eu passei

Oh! Jerônimo
Oh! Paixão
Não se explicam as coisas do coração

Eu trabalhei um ano inteiro
Fiz muito serão também
Pra juntar uma graninha
Realizar o sonho do meu bem
Foram dez anos de namoro
Por toda a vida ela quis
Um casamento bem bacana de empinar o nariz
Eu me virei em três empregos
Fiz muito bico por aí
Até vendi o meu Passat que
Comprei quando guri

Ah! Jerônimo
Ah! Meu bem
Tudo passa como eu passei

Ah! Jerônimo
Ah! Paixão
Não se explicam as coisas do coração

Briguei até com o meu velho que
Dizia para mim
Isso é coisa de ricaço
Uma festança grande assim
Quando se ama de verdade
Não é preciso esplendor
Um cafuné bem gostoso
Compensa um ventilador
Mas quando eu me irritava
E começava a discutir
O meu docinho me olhava
E eu não podia resistir

E assim seguia me esforçando
Fazendo empréstimos daqui dali
Só pensava em seu vestido
Alianças e no bolo
Deixei de lado os meus amigos
Não fui mais a nenhum Grenal
Abandonei minha cerveja
E o Jornal Nacional
Com água, luz e telefone
Mais impostos mil
Como é difícil ficar rico
Honestamente
No Brasil

Oh! Jerônimo
Oh! Meu bem
Tudo passa como eu passei

Oh! Jerônimo
Oh! Meu bem     
Toda mágoa um dia finda também

Convenci o Padre Cícero
A me alugar à prestação
O salão lá da Igreja
Pro sacramento da união
Contei com a ajuda dos meus primos
Para um terno alugar
A calça eu peguei emprestada
Dos quinze anos da Jajá
Dona Amélia e minha avó
Falaram com o Seu Paim que me arranjou
Comes e bebes
Na padaria do Bom Fim

Chegada a véspera do casório
Quando tudo estava pronto
As minhas mãos suavam frio
Aquela ânsia no estômago
Foi tão difícil pra dormir
Mais difícil foi acordar
Pois com a manhã veio a tristeza
Sozinho, à cama, me encontrar
O meu docinho se foi
Deixou um bilhete sobre a mesa
Não faltou delicadeza
Pra acenar o seu adeus

- E o bilhete dizia, mais ou menos, assim -

Oh! Jerônimo
Oh! Meu bem
Tudo passa como eu passei

Oh! Jerônimo
Oh! Paixão
Não se explicam as coisas do coração

Oh! Jerônimo
Oh! Meu bem     
Toda mágoa um dia finda também

Foi tão lindo
Tão bonito
Infinito
Enquanto durou
(Gravada em Junho de 2016 no Laboratório de Sons do Vento, Ar/RS)


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