Quatro
registros da canção “VERÔNICA” do Livro VI dos “Contos Pra
Cantar” - Se for religioso, duvidar da existência
do deusi: versão Recital Pimenta Pink; versão para piano e voz
do Vento; versão sertão; versão ao vivo em Ocupação da
estudantada.
VERÔNICA
(C.
A. Albani da Silva, o Inventor do Vento)
Ela
já não pensa em marido
Ela
já deixou o seu partido
E
agora já não segue nenhum deus
Ela
largou o clube feminino
Ela
chamou o patrão de cretino
Já
não torce mais pro time que torceu
Ela
já não gosta de vestidos
Ela
já não limpa os ouvidos
Não
espera mais por um príncipe que nunca nasceu
Ai,
ai, Verônica
Só
encontrou alegria
Quando
deixou de fazer
As
coisas que sempre fazia
Ela
não depila mais as pernas
Nem
almeja mais a vida eterna
E
agora cospe no prato que comeu
Esqueceu
qual era sua causa
E
só come sorvete em cauda
Coloriu
todos os livros que leu
Ela
já não sente mais saudade
Largou
a sua velha faculdade
E
queimou todos os diplomas que a vida lhe deu
Sua
cor favorita era rosa
Mas
agora muda a cada lua nova
E
o amor tem um sabor de hortelã
Ai,
ai, Verônica
Só
encontrou alegria
Quando
deixou de fazer
As
coisas que sempre fazia
Parou
de pensar sobre si mesma
Esqueceu
até de sua magreza
E
deixou a cara do jeito que acordou pela manhã
Trocou
o celular por um carteiro
Perdeu
o interesse pelo alheio
E
a coisa mais bonita que disse foi “Bom Dia”
Tirou
o carro da garagem
Mas
preferiu fazer com as próprias pernas
Um
caminho por um mapa que ela mesma desenhou
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