Você conhece o país da UTOPIA, que já foi considerado o Paraíso na Terra? Não? Então em 5 minutos de podcast o Inventor do Vento vai passear contigo por lá, no livro mais famoso do escritor TOMÁS MORUS (1478-1535). Vuuush *Texto, narração e edição por C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento, no Lab de Sons do Vento, 2020. @cavalgando_o_vento cavalgandoovento.blogspot.com.br
Canções, poesia e ficções. Ventiladores contra o Inferno geral em que estamos metidos.
segunda-feira, 30 de março de 2020
A UTOPIA DE TOMÁS MORUS
Você conhece o país da UTOPIA, que já foi considerado o Paraíso na Terra? Não? Então em 5 minutos de podcast o Inventor do Vento vai passear contigo por lá, no livro mais famoso do escritor TOMÁS MORUS (1478-1535). Vuuush *Texto, narração e edição por C. A. Albani da Silva, o Inventor do Vento, no Lab de Sons do Vento, 2020. @cavalgando_o_vento cavalgandoovento.blogspot.com.br
sexta-feira, 27 de março de 2020
GALINHA com POLENTA com CLARICE
Num almoço de 100 anos, ofereci galinha com polenta para CLARICE LISPECTOR (1920-1977). Ela me pegou pela mão e me levou para dentro da consciência da galinha e depois me respondeu a velha pergunta: quem veio primeiro?
P.S.: Vamos enfrentando a pereba global, ficando em casa, e espalhando literatura para combater outro vírus medonho: o fascismo dos governos de extrema-direita e de parcela do empresariado que não aceita reduzir os seus lucros, ameaçando o povo com desemprego e tripudiando os idosos.
P.S. II: Esse mesmo pessoal, na última crise capitalista global, em 2008, despejou 15 trilhões de dólares (!) para socorrer os... BANCOS.
quarta-feira, 25 de março de 2020
Ibsen e o Inimigo do Povo
Acho que desde o século XIX o capital não vivia a ameaça de uma greve global de trabalhadores, no caso, por motivos sanitários, não por iniciativa do movimento operário ou sindical... E a reação do capital é rápida e rasteira em vários lugares, evidentemente, no Brasil: não ceder ou ceder tiquinho do orçamento público aos assalariados; inclusive chegar ao ponto de aberração de se defender o fim da quarentena, porque "só velhinhos podem morrer" e a economia, ou seja, os lucros, não podem baixar. O novo vírus é uma doença infeliz, mas em poucos dias de alarme, eu vi muita gente simpatizando com ideias trabalhistas que até então pareciam obscuras, como taxar o lucro e as grandes fortunas financeiras para custear fábricas e salários durante a pandemia.
Acredito profundamente na POESIA como um filtro para podermos suportar essas situações complicadas e mais, a POESIA é inspiração para agirmos criativamente diante do caos.
Por isso o poema de hoje é sobre uma infecção inesperada e mortal que também podia atingir o bolso da iniciativa privada, de um governo tomado por ela, e que resolvendo passar por cima da saúde, essa mesma burguesia tomou como inimigo o médico que descobriu a crise sanitária na cidade.
É uma das peças de teatro mais interessantes do HENRIK IBSEN (1828-1906) que eu tentei interpretar oralmente em 5 minutos: O INIMIGO DO POVO de 1882.
Vuuush
terça-feira, 24 de março de 2020
O CORCUNDA DE VITOR HUGO ou A CATEDRAL DE PARIS
Quer conhecer um pouquinho de um dos livros mais famosos, por isso mesmo, um dos menos lidos, do poeta romântico VITOR HUGO (1802-1885)? Então ouça mais um pod POEMA cast do Inventor do Vento e embarque nessa prosa com o Corcunda Quasímodo falando sobre a Catedral de Paris, a cigana Esmeralda e outros assuntos medievais. Vuuush *Texto e narração por Inventor do Vento: C. A. Albani da Silva.
segunda-feira, 23 de março de 2020
O ENCONTRO COM O CONDE LEÃO
Quer
conhecer um pouquinho de um dos maiores escritores do mundo, o russo
Leão TOLSTÓI (1828-1910)? Ouça então esse pod POEMA cast do
Inventor do Vento! Vuuush
O
ENCONTRO COM O CONDE LEÃO
*Dedicado
ao meu amigo Tiago Oliveira
Foi
durante aquela gripe danada
Três
anteontens e o mundo parado
Me
encontrei com o Conde Leão
Ele
veio atrás de mim
Me
convidou para lecionar
Na
escola que havia fundado
Para
os agricultores do seu feudo
Chamava
Poliana, a Escola do Campo Limpo
Logo
ali na Rússia, tão grande Rússia
Único
lugar do mundo onde o conde cabia
Eu
disse que ia pensar sobre o caso…
Para
me convencer, afirmou o conde ser
O
Cristo um tipo de anarquista
E
que nenhuma igreja prestava
E
que nenhum governo inspirava confiança
Mas
eu soube depois que
O
conde escreveu uma cartinha bajulando o imperador também…
Claro,
não falei nada sobre isso
Perguntei
sobre o funcionário Ivan, como ia?
O
conde me disse “esse já morreu”
Perguntei
sobre sua esposa então, Sofia Andreia
Tão
prestativa para organizar os seus livros famosos
O
conde começou a discursar contra o adultério
Citou
o caso de uma conhecida sua chamada Ana
Ela
traíra o marido
Mas
ele falou de forma tão linda, tão intensa,
Tão
apaixonadamente sobre Ana
Que
me pareceu que invés de condenar
Ele
estava elogiando o adultério
“E
a guerra, como vai”?
Ele
havia servido, por anos, quando guri
Nas
batalhas do Leste europeu
Entre
as montanhas do Cáucaso e dos Cárpatos
Na
península balcã
Matou
gente, bebeu vodca, jogou dados
Fez
muita sacanagem o conde nessa época
Mas
agora, idoso, se arrependia de tanta grosseria
“E
a paz então como vai, velho conde”?
Ele
disse que “o único caminho para a paz”
“Era
resumindo o Sermão da Montanha”
“Em
quatro princípios”:
“Não
queira mal a ninguém / Não traía a sua mulher / Não minta / Não
resista à maldade usando da violência”
“Deus
existe e está dentro de cada homem”
“Escondido
ou escancarado”
Eu
completei o seu nobre pensamento assim
O
velho conde sorriu para mim orgulhoso
E
afirmou:
“Portanto
a paz é uma questão de consciência moral”
“E
de iluminação pessoal, meu garoto”
“Me
enfureço com a pobreza dos trabalhadores”
“E
com o luxo dos ricos”
“Mas
não adianta nada fazer uma revolução ou a rebeldia”
“A
liberdade pode muito bem ser uma ilusão”
“Velho
conde, vou te dizer”:
“Foi
por isso que um escritor francês”
“Seu
fã”
“Te
chamou de 'conservador revolucionário'”
“Numa
biografia feita um ano depois que tu morreu”
O
conde, ao ouvir isso, grunhiu
E
me mostrou um punhado de cartas que
Ele
havia trocado com Gandhi, aquele da Índia
“Ele
ainda trabalhava na África do Sul, nessa época”
Me
corrigiu o conde
Falei
“bonito, bacana, gosto desse cara”
Mas
perguntei: “o que tu anda lendo além das cartinhas do Gandhi?”
Ele
disse que tinha lido tudo que
Havia
sido escrito no Ocidente
Desde
a Grécia até a Roma
Até
os Renascentistas europeus
Até
os modernos do século XIX
Mas
que ele achava tudo uma bosta!
Ele
só gostava mesmo da Bíblia
Porque
era a única coisa que o povo entendia
Eu
lhe lembrei que o seu calhamaço sobre Napoleão
(Guerra
e Paz)
Tinha
agradado ao grande público também, lá em 1869
Ele
disse que esse seu romance também era uma bosta!
Para
encerrar lhe perguntei então
“Por
que você fugiu de casa para morrer?”
“Em
1910, Conde Leão Tolstói”
“Porque
mesmo aos 82 anos de idade”
“Tudo
aqui dentro de mim, meu filho”
“Era
desconforto, queimava e doía”.
*Texto
e narração por Inventor do Vento, C. A. Albani da Silva.
sábado, 21 de março de 2020
A PESTE
Link da peça no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=t0kS2ygnmXU
Monólogo
teatral baseado no livro A PESTE, de 1947, de Albert Camus
(1913-1960) com direção de Vera Holtz e Guilherme Leme Garcia com o
ator Pedro Paulo Osório, filmada em 2018 no Centro Cultural Banco do
Brasil de Belo Horizonte, MG.
Neste
monólogo, algumas pérolas ditas por, pelo menos, 7 personagens, se
perdem um pouquinho, principalmente o Tarrou que é o autor dos
diários durante a peste e o homem que, sem querer nada em troca,
forma brigadas de voluntários para ajudar os doentes.
O
monólogo assume a voz do narrador como sendo do médico Rieux, mas
no livro, o narrador em terceira pessoa, onisciente, não é o
médico.
Entretanto,
o texto do monólogo é reprodução literal de vários trechos do
livro, aliás, da mesma tradução da Editora Record, de 1993, de
Valerie Rumjanek Chaves, que tenho aqui na Biblioteca de Vento.
SETE
PERSONAGENS (por Inventor do Vento):
RIEUX:
O protagonista médico que mesmo afastado da esposa, em tratamento de
saúde fora da Argélia, por uma doença anterior e alheia à peste,
dia e noite se bate pelos infectados e é um dos primeiros a
identificar a invasão dos ratos em Orã que mata o porteiro, Michel,
porteiro do seu prédio. Como médico chega ao ponto de não
conseguir curar ninguém, apenas identifica e isola os pestilentos…
PANELOUX:
O padre que afirma em sermão na catedral ser a peste uma punição
aos cristãos, diferente da peste na Antiguidade, quando era punição
aos pagãos. Por outro lado, merecida punição divina ao povo, a
peste é também um tempo de recolhimento, para reflexões e para
novos pensamentos de solidariedade e fraternidade entre pessoas
diferentes que vivem o mesmo drama…
RAMBERT:
O jornalista que lutou pela República na Espanha e foi à Argélia
para conhecer a situação dos árabes na colônia francesa. Tentou
fugir da cidade sitiada pela peste e lacrada em quarentena, pois
desejava rever sua noiva em Paris. Ao não conseguir, vira um
voluntário nas brigadas sanitárias que acodem os doentes e
familiares deles na cidade de Orã...
GRAND:
Veterano funcionário que presta serviço terceirizado para a
Prefeitura de Orã, montando as tabelas e estatísticas sobre a
epidemia, enquanto esboça seu livro que nunca sai da primeira frase,
eternamente reescrita. Não consegue esquecer realmente do amor
perdido por seus fracassos profissionais, ou por sua mediocridade…
TARROU:
Escriba que deixou as mais completas crônicas dos dez meses da
epidemia em seu caderno e fundou grupos voluntários para combater a
peste quando faltavam médicos, remédios, verbas e tudo era
racionado na cidade…
COTTARD:
Capitalista que, por fraudes, tentou se matar, antes da peste, não
conseguiu, virou traficante de produtos contrabandeados no mercado
clandestino de Orã, a altos preços, durante a peste, lucrando,
obviamente, muito. Não aderiu às brigadas voluntárias, aliás, se
sentia faceiro depois da epidemia atormentar a todos. Não era só
ele o atormentado e frustrado...
CASTEL:
Médico veterano, que não embromou ao detectar a peste e quase
morreu fatigado produzindo soro em seu laboratório na falta de
estoques importados da França. Repensou ou reinventou o seu amor,
bastante opaco, pela esposa, em meio à epidemia...
Vuuush
terça-feira, 10 de março de 2020
MULHERES na HISTÓRIA
MULHERES NA HISTÓRIA
Por Inventor do Vento
Vuuush
Vuuush
1. MULHER DE WILLENDORF: Amuleto pré-histórico de 30 mil anos atrás, encontrado na Áustria. Símbolo de beleza da maternidade.
2. LISÍSTRATA: Heroína grega da peça A GREVE DO SEXO, escrita por Aristófanes e encenada em 411 a.C. Lis foi quem convenceu Cleonice de que as mulheres tinham que abandonar os maridos enquanto eles não acabassem com a guerra civil entre as cidades de Atenas e Esparta.
3. JOANA D´ARC: Foi queimada viva pela Igreja em 1431 por se vestir de homem e lutar pela França que estava em guerra, durante 100 anos, com a Inglaterra.
4. DANDARA: Líder do QUILOMBO DOS PALMARES, no Brasil Colônia. Ela preferiu o suicídio do que ter que voltar a ser escrava com a destruição do Quilombo em 1694.
5.
MARY WOLLSTONECRAFT: Escreveu sobre os DIREITOS DA MULHER em 1792, na
Inglaterra, pioneira do feminismo. A mulher não deve mais ser
obrigada a ser uma esposa perfeita, mas, sim, ser plenamente uma
pessoa independente.
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