Acho que desde o século XIX o capital não vivia a ameaça de uma greve global de trabalhadores, no caso, por motivos sanitários, não por iniciativa do movimento operário ou sindical... E a reação do capital é rápida e rasteira em vários lugares, evidentemente, no Brasil: não ceder ou ceder tiquinho do orçamento público aos assalariados; inclusive chegar ao ponto de aberração de se defender o fim da quarentena, porque "só velhinhos podem morrer" e a economia, ou seja, os lucros, não podem baixar. O novo vírus é uma doença infeliz, mas em poucos dias de alarme, eu vi muita gente simpatizando com ideias trabalhistas que até então pareciam obscuras, como taxar o lucro e as grandes fortunas financeiras para custear fábricas e salários durante a pandemia.
Acredito profundamente na POESIA como um filtro para podermos suportar essas situações complicadas e mais, a POESIA é inspiração para agirmos criativamente diante do caos.
Por isso o poema de hoje é sobre uma infecção inesperada e mortal que também podia atingir o bolso da iniciativa privada, de um governo tomado por ela, e que resolvendo passar por cima da saúde, essa mesma burguesia tomou como inimigo o médico que descobriu a crise sanitária na cidade.
É uma das peças de teatro mais interessantes do HENRIK IBSEN (1828-1906) que eu tentei interpretar oralmente em 5 minutos: O INIMIGO DO POVO de 1882.
Vuuush
Que bom te ler inventor do vento! Há maneira de ventar este vento para longe daqui?
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