Caspar David
Friedrich, Viajante Junto ao Mar
de Neblina, 1818.
O que significa a viagem de cada um?
Em “Parábola
do trem de ferro” (1946), crônica republicada em 2001, no Livro
Aberto, FERNANDO
SABINO (1923-2004) diz: “Há passageiros – e, portanto, há o lirismo
das despedidas. E a tristeza de ter partido, e a vontade de voltar, e o medo de
ser esquecido, nunca mais nos encontrarmos, pode chorar que ninguém está vendo,
só não vai enjoar, que viajar é assim mesmo – quem todavia saberá jamais o que
significa a viagem de cada um?”. (Albani da Silva - 3,5.03.2012)
DICAS PARA A
SUA SAÚDE
Previna-se contra o RACISMO: modere na CARNE BRANCA. (Albani da Silva, 03.03.2012).
Previna-se contra o RACISMO: modere na CARNE BRANCA. (Albani da Silva, 03.03.2012).
03.03.2012 – 25h01
Empossado Novo Ministro no Ministério da Pesca, Caniços
e Samburás
CORRESPONDENTE DE GUERRA
de Brasília.
Foi hoje empossado o
novo Ministro da Pesca, Caniços e
Samburás. Os pescados de 7408 km de Litoral atlântico, mais os peixes dos rios
de oito bacias hidrográficas que empapam o solo brasileiro, ficam agora sob
responsabilidade do Bispo Manivella (PJD – Partido Jesus Democrático). Em seu
discurso de posse, o novo Ministro afirmou: “Farei
como Cristo. Multiplicarei os peixes”. Quando perguntado por este Correspondente de Guerra se não
multiplicaria também os pães, o Bispo
Manivella afirmou: “Este assunto não é de competência desta pasta.
Favor consultar o Ministério dos Pães,
Cacetinhos e Baguetes, assim como seu Ilustríssimo Ministro”. Como todos sabem, o
referido Ministério dos Pães, Cacetinhos
e Baguetes está sob os cuidados de notório desafeto do Bispo - o Dr.
José Valdo Siqueira, atual marido da ex-mulher do Bispo e assumidamente
batuqueiro.
O
mundo que acaba em 2012
Definitivamente o
mundo acaba em 2012: para o suicida dependurado
na árvore; para o gremista e para o colorado após mais uma derrota (Mazembe?
Segunda
Divisão?); para o atropelado na Avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira;
para o leão sem juba; para o poeta que ninguém lê; para a banda de
rock que nunca vai sair da garagem;
para a amante não correspondida; para
a senhora de 85 anos e que o coração
se recusa a bater; para o casal de
canarinhos que teve seu ninho devorado pelo gato da vizinha; para o agricultor que perdeu a safra devido às chuvas, às secas, às geadas; para o crente
que descobre que Cristo não volta; para
a centenária figueira serrada pela
especulação imobiliária; para o adolescente
escravizado pelo álcool/crack/maconha/cocaína; para o doente carcomido pelo câncer; para o assalariado no fim do mês; para a cigarra no inverno; para [...].
Todo o dia o mundo acaba para
alguém. (Albani da Silva, 03.03.2012).
Mais
uma vez o Sargento Getúlio (1972), de João Ubaldo Ribeiro:
“Não que
parece um ano; parece um dia, que o ano passa depressa, mas o dia passa
devagar”. (Albani da Silva, 03.03.2012).
JORGE
DREXLER (1964): Cantor e
compositor uruguaio, Drexler lançou
seus dois primeiros álbuns em sua terra natal, entre 1992 e 1994, onde também se
formou em medicina. Ainda na década de 1990, mudou-se para a Espanha, Madrid.
Desde então, lança novos discos e compõe trilhas para cinema. Suas canções
costumam ser ao mesmo tempo sofisticadas e singelas, sempre poéticas e suaves.
1) La
trama y El desenlace (2010): Está dado o recado, Drexler, valorizar o percurso, não só a
chegada:
2) Al
otro lado Del río (2004): Música tema do filme “Diários de Motocicleta” (2004) – Walter
Salles (1956). Este filme retrata uma parte da juventude do argentino Ernesto
“Che” Guevara (1928-1967), ícone da Revolução Comunista de Cuba
(1956-1959). “Che” sai com o amigo Alberto Granado, na garupa da moto “La Poderosa”, desbravando a América do
Sul ao longo de 1952. De Buenos Aires à Amazônia peruana, “Che” vai, pouco a pouco, misturando sua sensibilidade
poética a um intenso engajamento político ao perceber a pobreza e a desigualdade
que acossam a maioria da população latinoamericana - além de vivenciar os preconceitos
contra os leprosos na clínica onde ele e Alberto vão trabalhar na Amazônia. O
filme inspirou-se nos diários escritos por “Che”
durante a aventura.
3) Todo
se transforma (2004): "Nada se perde, tudo se transforma". Parecido já falava Heráclito de Éfeso, há 3000 anos:
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