Carolina Tiemi (Chi), A Papisa, 2011
Curiosidades sobre a história do
cristianismo
Parte 2 – As mulheres nas igrejas
primitivas
(Ainda com o apoio do livro “Uma breve história do cristianismo”, 2011, de Geoffrey Blainey)
Historicamente
/ As religiões
monoteístas / Judaísmo, Cristianismo e Islamismo / Inovadoras / Ao
se estruturarem a partir de códigos morais / Teologicamente / Mais
importantes / Para elas / Do que os rituais / Têm culpado as mulheres
/ Pelos pecados
do mundo / A sensualidade e a beleza femininas / Seriam diabólicas /
Assim / Ao menos / Apresenta-se / A mulher / No Gênesis bíblico / Sendo Eva
/ Quem atrai Adão / Para o mau caminho / Do livre-arbítrio / Assim também / Eram
representadas / As
bruxas / Mulheres não totalmente submissas aos homens / Portanto / Demonizadas
/ E queimadas em fogueiras / Acesas pela Igreja Católica / Nos mil anos da
Idade Média europeia / Mas também / Nos tribunais da Inquisição / Moderna / Sobretudo
em Portugal e Espanha / Já nas correntes do / Fundamentalismo islâmico / As
moças têm de tapar / Até o dedão do pé.
Mas nem sempre foi assim / Na Antiguidade /
Mulheres influenciaram bastante os rumos do cristianismo / Então iniciante / Para
além de Maria
Madalena e da Virgem Maria:
Priscila – Líder cristã de Corinto, na Grécia,
professora de Apolo: um famoso estudioso judeu das Sagradas Escrituras que era rival
de Pedro, o apóstolo;
Lídia
– Rica comerciante de púrpura, na Macedônia: financiou várias congregações
cristãs pioneiras na região;
Porfírio – Opa! Este era homem, filósofo
pagão dos anos 300. Preocupado com a manutenção do machismo predominante na
sociedade agrária da Roma Antiga, acusava as mulheres de atrapalhar o
cristianismo. Ou seja, sinal de que elas eram protagonistas mesmo nos primeiros
dias da, atualmente, maior religião da humanidade.
O Terno – 66 (2012): A síntese da angústia “Pós-Moderna” para quem cria cultura no século XXI:
DuSouto – Cretino (2012):
O
leitor Ronnie Wood afirma “a pegada
mais próxima dos Rolling Stones que já ouvi nos últimos anos”!
A literatura e a Venezuela
Rómulo Gallegos (1884-1969): Professor, escritor, ministro e
presidente, Gallegos foi um dos fundadores da Acción
Democrática (AD)
um dos grandes partidos da Venezuela e, durante boa parte do século XX, o maior
partido social-democrata da América do Sul. Atualmente, ao lado da democracia-cristã (Copei),
representa a oposição eleitoral ao socialismo
bolivariano de Hugo Chávez. Vale lembrar que, após o Pacto do Ponto
Fixo, em 1969, que durou até 1998, os dois partidos se revezaram no
poder venezuelano. Entre outras coisas, privatizaram de vez o petróleo do rio
Orinoco, consolidando assim a dependência econômica do país, grande exportador
desse produto, sobretudo aos EUA. Por outro lado, nesse processo, a agricultura
e a pesca minguaram brutalmente e a maioria da população venezuelana ficou condenada
à importação de alimentos, até hoje, entrando assim num ciclo de empobrecimento
e miséria prolongado. Em 1929, Gallegos publicou o romance “Doña Bárbara”, que abordava criticamente a
ditadura militar de Juan Vicente Gómez
que governou a Venezuela de 1908 a 1935 de forma semelhante ao Ponto Fixo. Já
em “Canaima” (1935) o escritor abordou o
conflito cultural entre as ancestrais civilizações originárias e a brutal colonização
modernizadora da Europa imperial na América.
O general em seu labirinto (1989): Romance
histórico criado pelo Nobel de Literatura de 1982, o escritor colombiano Gabriel García Márquez (1927). Descreve
literariamente a vida do general Simón Bolívar
(1783-1830) – um dos mais ousados líderes da independência latino-americana.
Entusiasta das ideias Iluministas, Bolívar defendia a criação de uma única
pátria na América hispânica: a Grande Colômbia que, entre 1821 e 1830, uniu Venezuela,
Equador e Colômbia. Sua imagem foi resgatada nos anos 1990, pelo
coronel-paraquedista Hugo Chávez
Frías líder da rebelião militar de 1992 que propunha um novo socialismo para a América Latina no século XXI – o socialismo bolivariano, sendo que este
vinha em gestação desde o Caracazo
de 1989. O Caracazo foi a primeira grande rebelião popular, reprimida
militarmente pelo presidente de então, Carlos Andrés
Pérez, da AD,
contra a hegemonia neoliberal posterior à Guerra Fria.
Eloi Yagüe Jarque (1957): Autor nascido na Espanha, mas que vive
desde a infância em Caracas. Escreveu uma novela noir chamada “Quando ama deve
partir”, ou seja, uma história policial, que, no caso, também
adentra em temas políticos e que se passa no cenário histórico do Caracazo de 1989. Na novela, Castelmar, um repórter na casa dos 40
anos, poeta e militante da esquerda na juventude, sai da fossa pessoal ao
engajar-se nos levantes populares desde as favelas de Caracas, assim como,
apaixonando-se por uma jovem jornalista, também amada por seu chefe – W.C., triângulo amoroso este que termina
em morte.
Ana Teresa Torres (1945): Esta escritora, também psicóloga e
psicanalista, criou o conto “Onde está você,
Ana Klein?”, recolhido junto
à obra de Stéphane Chao “Antologia do Conto Pan-Americano”: lá está
escrito sobre Ana Klein, a psicóloga de família judia que, durante a II Guerra,
emigrou para Buenos Aires, mas durante o regime militar argentino, exilou-se na
Venezuela:
“Sentia
saudade de Caracas, mas não conseguia deixar de sentir ódio pela interrupção
que os milicos tinham produzido em sua vida. Qualquer um poderia compreender, até
a mulher das 7h20, se lhe explicasse no que consiste interromper a vida. Na
verdade, ela havia interrompido a sua de novo quando voltou para Buenos Aires,
mas esta é a característica das interrupções da vida. Uma vez interrompida,
sempre interrompida”.
Abidoral Jamacaru
– Ela me
disse (2008): E foi Ana Klein quem comentou, em uma de suas consultas, “a
mais bela canção de amor que já ouvi nos últimos anos”!
Lirinha – Sidarta (2008):
Olá, Albani!
ResponderExcluirObrigada por escolher meu desenho para seu post, muito bacana, aliás.
Abraço,
Chi