Artemisia Gentileschi, Susana e os
Anciãos, 1622
Curiosidades sobre a história do cristianismo
Parte 1: Até a ascensão do islamismo
- Com o apoio do livro “Uma
breve história do cristianismo” (2011) de Geoffrey Blainey -
Origens
- Provavelmente foi Paulo de Tarso, em Antióquia,
quem criou o termo “cristão”;
- O mais antigo escrito do cristianismo encontrado até
agora é a
primeira epístola aos tessalônios, do mesmo Paulo de Tarso;
manuscrito datado de cerca de 20 anos após a morte de Cristo;
- De acordo com os exegetas bíblicos, o evangelho
mais antigo é o de São Marcos, provável amigo do apóstolo Pedro;
- O evangelho de Mateus, para muitos o mais claro
e seguro, é considerado o mais famoso dos quatro evangelhos canonizados pela
Igreja;
- Lucas, talvez médico e amigo de Paulo,
provavelmente nunca tenha conhecido Jesus;
- João escreveu o mais recente dos evangelhos,
em cerca de 90 d.C. Seu texto é, para muitos, o mais poético e diferenciado dos
quatro depoimentos sobre Cristo;
- Outros evangelhos, não-reconhecidos pela
Igreja, por isso apócrifos, pipocaram pelo
Oriente Médio e Império Romano nos 300 anos iniciais de cristianismo, escritos,
supostamente, por seguidores de apóstolos como Pedro; Tomé, Maria Madalena e
até Judas Iscariotes.
Simbologia
- O domingo é
o dia sagrado de quase todo o cristão, pois foi nesse dia da semana que Cristo
ressuscitou;
- Somente em 525 a Páscoa cristã foi atrelada
sistematicamente ao Pessach judeu;
- Em 246 a ideia de celebrar o nascimento
de Cristo no dia 25
de dezembro partiu dos patriarcas de Constantinopla, Alexandria e
Antióquia, tomando-se como base o solstício de inverno no Hemisfério Norte: ou seja, o momento em
que os dias começam a ficar longos novamente, assim como, aproveitando-se do
antigo culto ao sol dos romanos;
- Maria, a mãe de Cristo, não teria morrido:
ascendeu aos céus para o lado do filho. Assim ratificou o bispo Gregório de
Tours em 594.
Kátia B – Só deixo meu coração na mão de quem pode (2011):
Kátia B – Só deixo meu coração na mão de quem pode (2011):
Sombrero Luminoso – Sintonia fina (2012):
Marcelo Jeneci e Laura Lavieri – Felicidade (2011):
Como se espalhou pelo
mundo?
- Os cristãos souberam se aproveitar, em nome do universalismo de sua crença, da significativa
unidade política/territorial
construída pelo Império romano;
- O cristianismo disseminou-se primeiramente nas comunidades
judaicas, por ser uma dissidência desse credo;
- Talvez tenha se beneficiado também da caridade
e ajuda
mútua em situações de crise (fome, epidemias) atraindo novos fiéis
urbanos; como de costume, o campo resistiu mais às mudanças;
- A habilidade política de Constantino agilizou
esse processo de expansão, considerando o cristianismo a religião adequada para os tempos
de desagregação do Império romano no século 4, institucionalizando assim a mesma.
Primeiras Polêmicas
- Antes disso, porém, outros imperadores
romanos condenaram o culto cristão: Nero, em 64; Décio, em 250;
entre outros;
- Para o pregador egípcio Ário, que viveu nos anos 300, Deus e
Cristo não eram a mesma coisa: Deus era uma entidade superior ao homem "quase
divino" que foi Jesus. A heresia ariana foi duramente combatida pelo
Concílio de Niceia (325);
- O bispo africano Santo Agostinho enfatizou a predestinação:
nosso destino estaria traçado por Deus desde o nascimento;
- Helena, a mãe do imperador Constantino, pode
ter sido a
primeira peregrina cristã, visitando Jerusalém e abrindo o caminho
para outros peregrinos com o destino de Belém e do rio Jordão;
- Já a primeira grande ordem de monges, a dos beneditinos,
foi cria do eremita italiano São Bento: pretendia domar os males do corpo para
que a alma triunfasse;
- Beda, o Venerável, monge beneditino britânico,
descreveu, em 728, a passagem de duas “tochas incandescentes” (dois cometas)
durante duas semanas pelos céus da Grã-Bretanha. Mensageiros de más notícias, para
os cristãos, os cometas anunciavam a conquista do Oriente Médio pelos
árabes-muçulmanos?
Na literatura
Dois
bons livros que abordam a vida de Cristo são: “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”
(1991), do português José Saramago (1922-2010), em que Cristo é
humanizado em seus dramas, sobretudo o encargo de ser o Messias e o peso dos
crimes cometidos ao longo da história contra ou a favor de seu nome; e “A Última
Tentação de Cristo” (1955) do grego Nikos Kazantzákis (1883-1957) em
que Cristo, crucificado, sonha ser resgatado por um anjo, casando-se e vivendo
uma vida pacata, sonho este ardil do demônio.
A
Última Tentação de Cristo (1988) – Dir.: Martin Scorsese (Trailer):
Katia B e Charles Gavin – Seis vidas (2012):
Cidadão Instigado – O tempo (s/d):
Engenheiros do Hawaii – O Papa é Pop (2004): Já ia me esquecendo de que o Papa é
Pop...
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