quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dia das Mães


Michelangelo, Pietà, 1498-1499


Dia das Mães

Já faz tempo, lá por 2001, Christopher Hitchens (1949-2011) foi convidado pelo Vaticano para fazer o papel de “advogado do Diabo” no processo de canonização da Madre Teresa de Calcutá (1910-1997). Entre os muitos argumentos apresentados por Hitchens em resposta às perguntas dos padres, um dos mais interessantes, contrário à canonização da missionária albanesa que fez fama na Índia: “Ela (Madre Teresa) se opunha ferrenhamente à única política que já conseguiu reduzir a pobreza em qualquer país – ou seja, o fortalecimento das mulheres e seu controle sobre a própria fertilidade”. Caminhavam os dois, Hitchens, o repórter, e a Madre, pelas ruas de Calcutá quando a freira expôs seus pensamentos ao jornalista inglês, conforme publicado no artigo “O diabo e madre Teresa” do livro “Amor, Pobreza e Guerra” (2004). Em 2003, Madre Teresa foi beatificada, estágio anterior à canonização. 
(Albani da Silva, 09.05.2012, reeditado em 09.05.2013)

Chico CésarMama África (2001):  

 O RappaMe deixa (2007): 

Mães-Corujas:

IEMANJÁ: Ela é vaidosa. Gosta de frutas, água-ardente e rosas brancas. Seu manto é AZUL. Governa os mares. Protetora dos Navegantes. Navegar é preciso. Viver não é preciso. No dia 02 de fevereiro, tambores que chamam Janaína. E junto todas as sereias. Sereia não tem canela. Esta loa impressionista virou feriado nacional. E lá vai a procissão... 


Nossa Senhora Aparecida: A irmã de Iemanjá virou padroeira do Brasil em 1930. Mas foi em 1717 que sua estátua negra apareceu a pescadores do rio Paraíba. Não são apenas os caipiras e os caiporas os devotos de Cida, Nossa Senhora.

ANA NÉRY (1814-1880): Viúva que foi lutar na Guerra do Paraguai (1865-1870) ao lado dos filhos soldados. Voluntária da pátria, mãe, madrinha da enfermagem. Cuidava das feridas feitas pelas pistolas assim como Cida cuida das feridas espirituais dos brasileiros. 
(Albani da Silva, 08.03.2012, reeditado em 09.05.2013)


O Rappa Minha alma (a paz que eu não quero) [1999]: 


O RappaBrixton, Bronx ou Baixada (2005):  

Pai e Mãe
J.M.G. Le Clézio (1940) começa seu livro “O Africano” (2004) assim:
Todo ser humano é um resultado de pai e mãe. Pode-se não reconhecê-los, não amá-los, pode-se duvidar deles. Mas eles aí estão: seu rosto, suas atitudes, suas maneiras e manias, suas ilusões e esperanças, a forma de suas mãos e de seus dedos do pé, a cor dos olhos e dos cabelos, seu modo de falar, suas ideias, provavelmente a idade de sua morte, tudo isso passou para nós”.

Concepção e Nascimento
É Le Clézio quem invoca a Mãe África:
Os africanos costumam dizer que não é do dia em que saem do ventre materno que as pessoas nascem, mas sim do lugar e do instante em que elas são concebidas”.

O Rappa Mar de Gente (2004): 

O RappaSúplica Cearense (2008): Ainda em busca de Canudos!

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