terça-feira, 18 de junho de 2019

50 anos Festival de Woodstock




Em 1969 aconteceu o FESTIVAL de WOODSTOCK, em Belém, no interior de Nova Iorque. O maior festival de rock and roll da História, a grande festa da CONTRACULTURA, depois da rebelião juvenil de Maio de 1968, em Paris, na França, e noutras grandes cidades do mundo. 

Escrevi, se não estou enganado, até mesmo sem saber, pois era piá naquela época, duas composições que tratam dessa busca romântica que levou o ANARQUISMO do século XIX para o pacifismo, a cultura PAZ & AMOR, hippie, artesanal e experimental das comunidades alternativas do século XX.

LUCY NÃO SE ESQUEÇA DE MIM, escrita em 2004, trata da ressaca após essas grandes paixões e utopias: como é que a gente se sente quando acorda no dia seguinte.

E O BLUES DO CACHORRO MAGRO que surgiu às 2h15 da madrugada, num verão da Praia de Baunilha, flutuando nos Ares dos Mares do RS, bem provavelmente, fevereiro de 2002. A Mamica dormia o sono dos justos no quarto ao lado e o Inventor do Vento dava seus primeiros mergulhos nas ideias da Modernidade, sentado com o violão e livros na mesa da cozinha.

Esse blues canta de uma maneira impressionista (coisas da razão juvenil, evidentemente) e embaralha conceitos revolucionários para um nascente coração entre o anarquismo e o comunismo. No mínimo, um coração simpatizante das promessas dos Iluministas que inventaram, no século XVIII, a maior de todas as invenções humanas que é o sonho utópico da Liberdade, da Igualdade, da Fraternidade.

O embalo da canção foi num blues roqueiro mesmo, pois afinal, a rebeldia irreverente e romântica do rock tal qual a negritude do blues um dia fizeram o mundo dançar e isto, por um lado, deu que o sistema capitalista também devorou todas as guitarras, gritos, tambores e piadas roqueiras cuspindo mais uma nova praga-mercadoria (a música pop), envelhecendo, talvez precocemente, essa manifestação musical; por outro lado, porém, o rock - filho do blues das encruzilhadas - despertou lá algumas consciências-cacholas mundo afora, semeando fagulhas críticas & pensativas…

Essas duas canções levaram ao meu amigo PENSAMENTO da SILVA a anotar as seguintes perguntas que agora compartilho com vocês: 1) Qual a utopia da utopia? 2) É possível fazer a revolução sem cair em ditadura? 3) É possível transformar o mundo em alegria, amor e festa? 4) Como protestar pacificamente? 5) Como unir estudante e operário? 6) Mais comunidade e menos governo? 7) Mais indivíduo e menos empresa? 8) Mais criatividade e menos dinheiro? 9) Como levar sabedoria às ruas? 10) Qual a natureza da produção industrial? 11) Qual a força do espetáculo? 12) Não pode fazer? 13) Pode fazer? 14) É permitido? 15) É possível? 16) Como seria a imaginação no poder? 17) Qual o poder da imaginação? 18) A mercadoria é o ópio do povo? 19) É possível abolir a sociedade de classes? 20) Viva o surrealismo! 21) Ou o realismo é que é impossível? 22) Como abrir a janela do coração? 23) Se as paredes têm ouvidos, os ouvidos têm paredes? 24) O patrão precisa de mim? 25) Eu preciso do patrão? 26) O capitalismo é corporativo? 27) O capitalismo é cultural? 28) Autogestão? 29) Fé revolucionária, o que é isso? 30) Pessimismo e otimismo, o que são?
Oh yeaaaaah!


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